Foi uma manifestação espontânea que surpreendeu tudo e todos: cerca de 500 polícias desfilaram, na noite de segunda para terça-feira, nos Campos Elísios, em…
Foi uma manifestação espontânea que surpreendeu tudo e todos: cerca de 500 polícias desfilaram, na noite de segunda para terça-feira, nos Campos Elísios, em Paris.
Contra todas as regras, os polícias franceses fizeram um desfile de protesto pela mais famosa avenida do mundo.
Manifestation inédite de policiers en pleine nuit sur les Champs-Elysées https://t.co/Duj9Z9FmhFpic.twitter.com/lAWLo9mfi5
— l'est-éclair (@lesteclair) 18 octobre 2016
O movimento começa a alastrar-se. Na noite de terça para quarta-feira foi a vez de Marselha: uma centena de polícias manifestou-se no Vieux Port daquela cidade portuária.
Em Nice, 80 policias, maioritariamente fardados, reuniram-se, terça-feira, na Praça Masséna.
O protesto dos polícias, a cerca de 6 meses das eleições presidenciais, não é publicidade positiva para o governo socialista, cujo ministro do Interior aceitou receber os sindicatos policiais.
Mas, afinal, protestam contra o quê, os polícias franceses?
A gota de água foi o ataque, de 8 de outubro, com “cocktails molotov”, em Viry-Châtillon, no departamento de Essone. Resultado: quatro polícias feridos, dois dos quais com gravidade.
Viry-Châtillon: 2 policiers gravement brûlés par un jet de cocktail Molotov https://t.co/jyIiDvJ8hP
— ALLIANCE PN (@alliancepolice) 8 octobre 2016
Queixam-se da existência de zona de “não direito”, nas quais a entrada das forças da ordem é feita por conta e risco desses mesms agentes.
Lutte contre la #délinquance : la République est partout chez elle & ne tolérera jamais l'existence de zone de non-droit déclare
BCazeneuve</a> <a href="https://t.co/H2IniZj6Nt">pic.twitter.com/H2IniZj6Nt</a></p>— Ministère Intérieur (
Place_Beauvau) 12 octobre 2016
Os polícias querem uma resposta penal às agressões e à violência de que são regularmente alvo. Exigem, igualmente, um reforço dos meios no terreno.
Sindicatos de polícia, como o Unité-Police SGP-FO, apelam a uma manifestação silenciosa no próximo dia 26.