Futuro do Reino Unido na OMC afetado pelo "Brexit"

Futuro do Reino Unido na OMC afetado pelo "Brexit"
Direitos de autor 
De  Francisco Marques
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Presidente da Organização Mundial de Comércio alertou em Oslo que os termos do "divórcio" entre Londres e Bruxelas pode prejudicar posição britânica.

PUBLICIDADE

O futuro do Reino Unido como membro da Organização Mundial de Comércio (OMC) vai depender, e muito, da forma como irá deixar a União Europeia. Isto, confiando que o “Brexit” vai mesmo para a frente.

Durante um seminário em Oslo, na Noruega, o brasileiro Roberto Azevedo, presidente da OMC, perspetivou que, se a separação for pouco amigável para os britânicos — o chamado “hard bexit” — o Reino Unido deixa de estar incluído nos acordos do bloco europeu e fica nas mãos dos restantes membros da organização, que poderão querer acertar novos negócios, seja em termos de tarifas aduaneiras, quotas ou outro género de acordos.

Discussed the future of global trade at the Confederation of Norwegian Enterprise this morning. My remarks here: https://t.co/2MFGY2TvW7pic.twitter.com/ASjmGuPDnd

— Roberto Azevêdo (@WTODGAZEVEDO) 21 de outubro de 2016

Este poderá vir a revelar-se um argumento de peso se e quando o parlamento britânico for convocado a votar o “Brexit”. A saída da União Europeia foi decidido a 23 de junho num controverso referendo popular não vinculativo pela lei, mas o qual o então primeiro-ministro David Cameron prometeu respeitar.

Com a vitória do “sim” ao divórcio com Bruxelas, Cameron — um defensor da permanência — saiu de cena e entregou, de forma interina, as chaves do número 10 de Downing Street a Theresa May — apologista da saída.

Com a Escócia também já em movimentações para realizar o seu próprio referendo à continuidade sob a Rainha Isabel II ou a independência para tentar manter-se no bloco europeu, o processo não parece, contudo, ainda fechado. Pela Constituição britânica, o parlamento deve ser ouvido sobre a ativação do chamado Artigo 50 do Tratado de Lisboa.

Até final de março, a primeira-ministra britânica antevê dar ativar o processo de saída da União Europeia e depois iniciar de forma oficial a negociação dos termos do divórcio. As duas fações mantêm o braço de ferro de argumentos e, como se costuma dizer em Portugal: “Até ao lavar dos cestos… é vindima.”

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Relatório revela que mercado alemão continua a ser o que enfrenta mais dificuldades na Europa

Imposto sobre as sucessões na Europa: como variam as regras, as taxas e as receitas?

Como é que o ataque do Irão a Israel poderá ter impacto nas mercadorias?