Rurik Jutting, o monstro de Hong Kong

Rurik Jutting, o monstro de Hong Kong
De  Euronews
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O trader britânico, Rurik Jutting, acusado de ter assassinado duas jovens indonésias no seu apartamento em 2014, em Hong Kong, filmou a cena com o seu smartphone, segundo revelação do juiz na abertur

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O trader britânico, Rurik Jutting, acusado de ter assassinado duas jovens indonésias no seu apartamento em 2014, em Hong Kong, filmou a cena com o seu smartphone, segundo revelação do juiz na abertura do processo, esta segunda-feira, 24 de outubro.

O homem, de 31 anos, clama inocência e defende uma “responsabilidade reduzida” mas reconheceu ser o autor dos dois homicídios invonluntários.

As acusações contra Rurik Jutting foram retidas e o tribunal irá manter o processo de julgamento por assassinato, a decorrer durante as próximas três semanas diante do Supremo Tribunal da antiga colónia britânica. Este é o mais importante caso criminal desde há mais de uma década, no pequeno território do sul da China.

As vítimas e o carrasco

Seneng Mujiasih e Sumarti Ningsih, ambas de vinte anos de idade, foram encontradas mortas no apartamento do acusado, num edifício do bairro residencial de Wan Chai, às primeiras horas de 01 de novembro de 2014. Foi Jutting, funcionário do Bank of America Merrill Lynch, que alertou a polícia.

Juiz Michael Stuart-Moore alertou os cidadãos convocados para a seleção do júri sobre a natureza explícita das provas que seriam apresentadas ao júri contra Rurik Jutting, nomeadamente as imagens de horror gravadas no seu iPhone e que mostram marcas da tortura nos corpos da duas raparigas.

Os investigadores encontraram Seneng Mujiasih nua no salão com hamatomas e golpes de faca nas pernas e nádegas, de acordo com as indicações iniciais da polícia. O corpo em decomposição de Sumarti Ningsih tinha sido encontrado várias horas mais tarde numa uma mala arrumada na varanda.

Rurik Jutting, que perdeu peso desde que foi detido, declarou-se culpado da acusação de ter impedido a sepultura do corpo. Após uma série de exames psiquiátricos, o réu foi declarado apto para ser julgado e enfrenta a prisão perpétua se for condenado.

Hong-Kong é geralmente considerada uma cidade muito segura, mas este caso provoca um enorme um enorme calafrio ao revelar a superficialidade e os modos de alguns jovens “traders” ocidentais, segundo evidencia a imprensa local. O bairro de Wan Chai tem muitos restaurantes e edifícios de escritórios, mas é também uma área muito frequentada por expatriados ocidentais, uma população conhecida pela exuberância e excessos boémios.

Manifestantes pedem justiça rápida

Esta manhã, diante do Supremo Tribunal, um pequeno grupo de membros que apoia associações de migrantes indonésios manifestaram-se ruidosamente e exigiram um “julgamento rápido e justo”, assim como compensação para as famílias das vítimas.

Este é o caso mais mediático e mais chocante de Hong Kong desde o conhecido “assassinato milk-shake” em 2003, em que uma norte-americana foi condenada a prisão perpétua pelo homicídio do marido, um alto funcionário do mundo da finança. Ela acaba de emitir um pedido de revisão de pena ao tribunal.

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