Batalha por Mossul: Mais uma cidade conquistada e uma vala comum descoberta

Batalha por Mossul: Mais uma cidade conquistada e uma vala comum descoberta
De  Francisco Marques com REUTERS, RUDAW
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Depois de Hammam al-Alil, a sul, no domingo, agora foi Bashiqa, no nordeste, a ser proclamada livre dos "jihadistas", mas há outras boas e trágicas notícias desta ofensiva no norte do Iraque.

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Há menos uma cidade no Iraque na posse do grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico (“Daesh”/ ISIL). Os Peshmerga, os combatentes curdos iraquianos, reconquistaram esta segunda-feira o controlo da cidade de Bashiqa, 13 quilómetros a nordeste de Mossul.

UPDATE: Peshmerga control #Bashiqa, northeastern #Mosulhttps://t.co/DJPQGYaqAJ#TwitterKurdspic.twitter.com/kveIe19UG0

— Kurdistan24 English (@K24English) 7 de novembro de 2016

A reconquista de Bashiqa foi anunciada ao final da tarde desta segunda-feira e representa mais um importante passo na ofensiva por Mossul, iniciada há três semanas.

Já dentro dos limites da capital da província, a chegada dos soldados iraquianos ao distrito de Intisar, no sudeste da cidade, foi recebido em festa pelos residentes e com bandeiras do Iraque a esvoaçarem em sinal de alívio pelo fim da opressão dos “jihadistas.”

A batalha por Mossul começou a 17 de outubro, com várias frentes e envolvendo mais de 30 mil soldados iraquianos, quatro mil combatentes curdos e várias outras forças de apoio, incluindo cerca de cinco mil soldados norte-americanos e raídes aéreos pela coligação liderada pelo Pentágono.

O objetivo é arrasar a presença do grupo terrorista na região e agora contando também com uma operação similar do outro lado da fronteira com a Síria: a batalha por Raqqa.

Tal como agora, Bashiqqa, no nordeste, no domingo, a sul de Mossul, também Hamam al-Alil já havia sido proclamada livre da presença dos radicais. Nas operações de verificação da zona foi encontrada uma vala comum com cerca de uma centena de cadáveres e, nas buscas porta a porta, foi descoberta entretanto uma prisão que seria utilizada pelo grupo Estado Islâmico para quem não se subjugasse.

Turkey's call to save #Mosul comes too late; #Daesh massacred 100s as more mass graves discovered in #HamamAlilpic.twitter.com/iqyqP38Z8I

— Yusra Mahdi (@Temimi_Yusra) 7 de novembro de 2016

Riyad Ahmad Thaer vive em Hamma al-Ali e conta que os extremistas “reuniam os homens que se opunham ao ‘Daesh’ e até outros que nem se manifestavam e os respetivos familiares”. “Batiam-lhes e forçavam-nos a vir para esta prisão. Vi algumas camionetas chegarem carregadas de homens para ali serem mortos”, garante.

Agência curda atualiza progresso da ofensiva

A agência curda Rudaw, por fim, conclui o relato deste 22.° dia da ofensiva por Mossul com o anúncio das forças iraquianas da libertação de cinco localidades a leste de Mosul. Na frente de sudoeste, a polícia federal iraquiana e as forças especiais da província de Ninawa libertaram Qabir al-Abid, a norte de Hamam al-Alil, e Marij, prosseguindo ainda com a limpeza dos explosivos “plantados” pelos “jihadistas” antes de fugirem de Hamam al-Alil.

ISF liberate key town of Hamam al-'Alil & 2 villages in S axis
clash inside #Mosul#Iraq#MosulOps#الموصل
map in https://t.co/apmL07jthqpic.twitter.com/oTJs5CqU6t

— Tuto (@Tutomap) 5 de novembro de 2016

Na frente de sudeste, a “9.a divisão armada e a terceira brigada”, como descreve a Rudaw, libertaram a cidad de Manarat Shabak e entraram na zona leste já dentro dos limites de Mossul, incluindo no bairro de Intisar.

Ao fim da noite, a Rudaw noticiou ainda a morte de um alto comandante do grupo Estado Islâmico cerca de 50 quilómetros a norte de Bagdade. “O apelidado comandante militar de Bagdade e Diyala Vilayet, Abu Maryam, foi morto num ataque com um drone em al-Tarmia”, terá informado o gabinete de imprensa da guerra no Iraque.

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