EUA: Europeus residentes na América angustiados com a eleição presidencial

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Para os estrangeiros, entre eles muitos europeus que vivem nos Estados Unidos, o resultado desta eleição é esperado com imensa expectativa e mesmo com angústia.

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Para os estrangeiros, entre eles muitos europeus que vivem nos Estados Unidos, o resultado desta eleição é esperado com imensa expectativa e mesmo com angústia.

Fomos ao encontro de três cidadãos europeus que, votando ou não esta terça-feira, estão preocupados: um catalão, uma russa e um italiano.

O catalão, Alberto Marques, casado com uma americana, vive há cinco anos em Nova Iorque e não poderá votar, mas já começou a sentir a tensão racista na sociedade americana:

“Estas eleições, nos Estados Unidos, estão a fazer com que as pessoas que são racistas se manifestem, abertamente, racistas.
Por exemplo, há dois meses, quando eu estava ao telefone a falar com o meu irmão em catalão – estava com o meu filho que tinha uma semana e com a minha mulher – um casal de 60 ou 70 anos pediu-me que falasse mais baixo. Eu perguntei porquê e responderam-me que eu era um convidado nos Estados Unidos e perguntaram porque é que não me ia embora?”

Olga Filippova é arquiteta e artista. É russa, tem 34 anos e mudou-se há sete anos para Nova Iorque, à procura das oportunidades que, diz, as mulheres não têm no seu país. Apoia Hillary Clinton porque pensa que ter uma mulher na presidência é uma mensagem muito forte para o mundo e é um passo gigantesco na luta das mulheres pela igualdade de géneros.

“Se ela se tornar presidente eu vou, certamente, abrir o meu próprio negócio. É por isso que é importante para mim, é por isso que estou interessada em que a Hillary seja presidente. Não é só por ser uma mulher, mas isso também é importante para mim. Quando falar com os meus amigos russos e lhes disser, nós temos uma mulher presidente, é algo muito importante, porque para eles ter uma mulher como presidente é como um conto de fadas. Donald Trump representa tudo aquilo de que fugimos. Fugimos da arrogância, da discriminação do racismo, do sexismo, da homofobia”.

Alberto Mezzoli vive em Brooklyn, onde abriu uma pastelaria italiana. Está em Nova Iorque há 16 anos e vai poder votar. O que o preocupa são as medidas económicas do próximo presidente. Está tão desgostoso com esta campanha que prefere fazer a analogia dos dois candidatos com os doces da sua pastelaria:

“Eu diria que a Hillary é como um “soufflé” de baunilha, que incha muito e quando sai do forno baixa. E o Trump, com todas as suas aventuras e experiências com as mulheres, diria que é um “zabaglione” pastel italiano com passas de uvas e um gelado de baunilha. Estas são as piores eleições de sempre dos Estados Unidos. Toda a gente deseja que isto acabe depressa. As pessoas vão escolher e veremos o que acontece”.

A América e o mundo saberão, brevemente, em quem os americanos depositaram confiança para governar nos próximos quatro anos. São muitos os que desejam que esta campanha termine rapidamente.

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