Líderes europeus pedem esclarecimentos a Trump

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“Um salto para o desconhecido”, “Oh My God”, “O furacão Trump” e um arrepiante “American Psycho”.

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“Um salto para o desconhecido”, “Oh My God”, “O furacão Trump” e um arrepiante “American Psycho”. As capas da imprensa europeia rivalizaram na imaginação para dar conta do terramoto que constitui a vitória de Donald Trump.
Bem vindos ao State of the Union.

É incontornável: Donald Trump é o nosso destaque da semana. O milionário populista tornou-se no 45º Presidente da maior potência mundial. A campanha- demagógica, brutal, racista- contrariou todas as problabilidades e previsões dos meios de comunicação e das empresas de sondagem. O nosso “down” da semana: “Estavamos tão enganados”. Este foi o desabafo dos jornalistas da CNN à medida que o mapa dos Estados Unidos se coloria de vermelho. Esta é também uma grande falha para quem faz sondagens: quase todos os estudos de opinião davam a vitória a Clinton, da mesma maneira que há seis meses as sondagens previam uma rejeição do Brexit. Como se explica esta vitória: “Trump conseguiu chegar à classe média branca e mobilizá-la”: vejamos as explicações da nossa convidada Alison Woodward, professora de Ciência Política em Bruxelas, entrevistada por James Franey.

Reações europeias à vitória de Trump

Como reagiram os europeus: por vezes a quente, o que nunca é uma boa ideia,tal como aconteceu com o Embaixador de França em Washington, Gérard Araud, que twitou: “Depois do Brexit e destas eleições, tudo é possível. O mundo afunda-se diante dos nossos olhos. Uma tortura”. Muitos internautas reagiram e lembraram o dever de reserva. Alguns pediam mesmo a demissão. Araud acabou por retirar o tweet. E à excepção dos partidos populistas europeus e da Rússia de Vladimir Putin, o humor não era o melhor na União Europeia. Os dirigentes europeus deram os parabéns a Donald Trump lembrando-o dos valores que se esperam sejam comuns.

As tomadas de posição assumidas pelo presidente eleito durante a campanha em questões de política externa deixaram preocupados os europeus. Em relação ao acordo climático de Paris, que os Estados Unidos de Trump podem vir a não aplicar, mas também há preocupações em relação ao envolvimento militar norte-americano para assegurar a defesa da Europa.

Mas há uma pequena vila na Europa que está particularmente contente com a vitória de Donald Trump: em Sevnica, na Eslovénia, a população esteve colada ao ecrã para ver uma filha do país, Mélania tornar-se primeira Dama

Agenda

Na próxima semana, as ondas de choque da vitória de Donald Trump vão continuar a sentir-se. Já este domingo em Bruxelas, num jantar de trabaho vão ser discutidos os laços transatlânticos pelos ministro dos Negócios Estrangeiros, que continuam a reunião na segunda-feira. Depois disso, na Grécia e na Alemanha, onde Barack Obama estará na sua “tournée” de despedida à Europa. A relação transatlântica, a crise dos refugiados, a guerra na Síria e a situação na Ucrânia, serão alguns dos temas que vão ser discutidos e sobre os quais Donald Trump e a sua administração devem em breve pronunciar-se. Por fim pode haver um efeito Trump para alguns candidatos às primárias da direita em França: a primeira volta decorre no próximo domingo.

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