Trump "pode ser bom para Europa", diz Boris Johnson

Trump "pode ser bom para Europa", diz Boris Johnson
Direitos de autor 
De  Isabel Marques da Silva com LUSA
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Não deve haver preconceitos sobre o que que poderá ser a presidência de Donald Trump, avisou o chefe da diplomacia britânica, Boris Johnson, à chegada à reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros

PUBLICIDADE

Não deve haver preconceitos sobre o que que poderá ser a presidência de Donald Trump, avisou o chefe da diplomacia britânica, à chegada à reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros europeus, em Bruxelas, esta segunda-feira.

“Donald Trump, como já disse, é um negociador. Acho que isso pode ser uma coisa boa para a Grã-Bretanha e para a Europa e é sobre isso que precisamos de nos concentrar hoje”, disse Boris Johnson.

Johnson faltou ao jantar de domingo sobre este tema com os seus homólogos, considerando prematuro emitir juízos de valor sobre a eleição do republicano para dirigir os Estados Unidos da América.

Já o colega francês, Jean-Marc Ayrault, alegou dificuldades de agenda para não comparecer.

Por seu lado, o ministro luxemburguês considera que a unidade dos 28 deve ser a nota dominante.

Jan Asselborn referiu que “precisamos que a União Europeia, tal como decidimos ontem, seja muito ativa e que mostre quais são os fundamentos da nossa cooperação internacional.”

Os europeus afinam, assim, a posição para um diálogo com Trump que mantenha vivos os compromissos da anterior administração, tais como os acordos sobre o clima e o de livre comércio.

Questionado pelos jornalistas sobre a promessa de Trump de expulsar milhões de imigrantes, o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que é uma questão interna norte-americana, mas observou que “lógicas de deportação em massa” vão contra os valores da União Europeia.

Augusto Santos Silva disse não antecipar, contudo, “nenhuma dificuldade” específica para a comunidade portuguesa residente nos Estados Unidos.

“A comunidade portuguesa nos Estados Unidos está muito bem enraizada. O contributo dessa comunidade para a economia e sociedade norte-americana é reconhecida por todos, por isso não antecipo nenhuma dificuldade”, declarou.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cimeira: Líderes querem criar novo "pacto de competitividade" para a UE

Política da UE. Parlamento Europeu terá novas regras mas há poucas mudanças para as mulheres

Líderes da UE sob pressão de Zelenskyy para reforçar as defesas aéreas da Ucrânia