Primeiro-ministro húngaro reitera posição anti-migração

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De  Nelson Pereira
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Viktor Orban reafirma a rejeição da proposta de distribuição do contingente de refugiados por cotas pelos países membros da UE

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O primeiro-ministro húngaro reitera a sua posição anti-migração, rejeitando as políticas migratórias da União Europeia. Por ocasião de uma visita oficial à Sérvia, Viktor Orban opôs-se esta segunda-feira àquilo que considera uma imposição de Bruxelas, sublinhando que a Hungria fará o possível para que cada migrante possa regressar ao seu país de origem.

“O tema das migrações é dos poucos na política em que não se deve cometer um erro, porque nunca mais se poderá corrigi-lo”, disse Orban na cidade de Nis, onde se reuniu com o primeiro-ministro da Sérvia, Aleksandar Vucic. “Não aceitamos os ditames de Bruxelas quando quer dizer-nos como devemos viver”, salientou o chefe do governo húngaro.

“A chegada massiva de migrantes altera os países que os acolhem, talvez não no dia seguinte, mas por certo nos próximos anos. Os nossos filhos e netos perguntar-nos-ão porque permitimos que mudem os nossos países, a Europa, a cultura, a composição étnica da Hungria, a forma de pensar e a segurança da Hungria, porque permitimos que a situação piorasse”, alertou o chefe do governo húngaro.

Entretanto, os ministros do Interior dos países membros do Grupo de Visegrado, Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia, anunciaram esta segunda-feira em Varsóvia o plano de criação de um centro de gestão da crise migratória para coordenar a ajuda aos refugiados fora da União Europeia, no Líbano, Jordânia ou outros países onde se encontrem.

No encontro, que contou também com a participação de representantes da Áustria, Bélgica, Croácia e Eslovénia, foi frisado que é necessário tornar menos permeáveis as fronteiras da Europa e encorajar o regresso dos migrantes aos seus países de origem.

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