Papa Francisco autoriza absolvição de quem recorre ao aborto

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De  Francisco Marques
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Mais uma demonstração de abertura do Sumo Pontífice, na missiva de encerramento do Ano Jubilar da Misericórdia.

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O fim do ano Jubilar da Misericórdia fica marcado por mais uma demonstração de abertura do Papa Francisco. Depois de já se ter referido antes ao divórcio, à homossexualidade e ao sacerdócio de mulheres, este ano, na Carta Apostólica “Misericordia et misera”, ressalta a referência ao aborto.

O Sumo Pontífice alargou a todos os padres a faculdade de absolverem todas as pessoas que tenham incorrido no pecado do aborto. Ainda assim, Francisco sublinha que o aborto se mantém como um “grave pecado”, por ser uma ação, acrescenta, que “põe fim a uma vida inocente.”

[ Texto íntegral da carta ‘Misericordia et misera’ divulgada pelo Papa Francisco ]

Para a jornalista italiana Giovanna Chirri, “o Papa não está, de todo, a fechar os olhos a importante questões de fé”. “O Sumo Pontífice define, por exemplo, o aborto como crime. A forma como este pecado é visto é que mudou”, refere esta jornalista da agência de notícias italiana ANSA.

Giovanna Chirri acrescenta ainda que “o Papa defende que, na Bíblia, Deus tem tanta misericórdia que não há padre nem lei que possa ir contra um pecador se Deus decidir perdoar este pecador”. “E isto é algo muito sério”, conclui a jornalista.

Papa torna definitiva autorização a todos os sacerdotes para absolverem quem praticou aborto

— Agência Lusa (@Lusa_noticias) 21 de novembro de 2016

Há três anos, Francisco surpreendeu o mundo quando afirmou que os homossexuais mereciam respeito. “Se uma pessoa é homossexual, procura Deus e a boa vontade divina, quem sou eu para julgar esta pessoa?”, questionou, na altura.

Em setembro do ano passado, durante uma reunião da comunidade católica sobre a família, o líder da Santa Sé reconhecia que os tempos haviam mudado e que o modelo familiar já não era o modelo tradicional defendido até então.

Francisco alertava: a igreja não podia continuar a ser rígida sob risco de afastar ainda mais fiéis. “A coragem apostólica é para dar vida e não para tornar a nossa vida cristã num museu de memórias”, disse.

Na missiva desta segunda-feira, que fechou o Ano Jubilar da Misericórdia, o Papa Francisco não se ficou pelo aborto. O Sumo Pontífice lembrou também a fome ainda existente no mundo e as pessoas que nem sequer uma casa têm para viver. No seguimento, instituiu o início de uma jornada Mundial pelos Pobres, a realizar todos os anos num dos domingos do mês de novembro.

Como desejo que os próximos anos sejam cheios de misericórdia, de modo que cada pessoa encontre a bondade e a ternura de Deus!

— Papa Francisco (@Pontifex_pt) 22 de novembro de 2016

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