Entre críticas e elogios, líderes europeus lembram Fidel Castro

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De  Ricardo Figueira
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Vários líderes europeus enviaram condolências a Cuba, mas não deixaram de lembrar os atropelos do regime castrista.

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Herói para uns, vilão para outros: Ditador ou libertador, Fidel Castro não foi consensual em vida e a morte está a causar reações diferentes.

Em Madrid, muitos simpatizantes comunistas juntaram-se junto à embaixada de Cuba para homenagear o líder desaparecido. Ao mesmo tempo, exilados cubanos, opositores ao regime, apareceram no local para lembrar que nem sempre é bom pintar de cor-de-rosa a ditadura castrista: “Abaixo Fidel Castro, viva Cuba Livre – Liberdade para todos aqueles que estão presos em Cuba por dizerem a verdade”, diz o exilado Juan Ramón Rivero, um dos presentes na manifestação.

Já Gregorio Benito, manifestante pró-Castro, lamenta a morte do líder: “Estou triste pela morte do comandante. Sabíamos que, mais tarde ou mais cedo, isto iria acontecer. Ganhou, com todo o direito um lugar na história”.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy, originário da Galiza, tal como os antepassados de Fidel, reagiu através do Twitter. Lamentou a “morte de uma personagem de peso histórico”.

Mis condolencias al gobierno y autoridades cubanas por el fallecimiento del expresidente Fidel Castro, una figura de calado histórico. MR

— Mariano Rajoy Brey (@marianorajoy) November 26, 2016

Uma das reações mais polémicas veio do líder da oposição britânica, Jeremy Corbyn, que teceu grandes elogios ao ditador, mesmo condenando as violações aos direitos humanos: “O impressionante em Cuba é a qualidade dos serviços de educação e saúde. Esse é o legado de Fidel Castro. Foi também uma enorme figura na cena mundial, fez campanha contra o apartheid e trouxe uma nova linguagem e novos valores”, disse Corbyn.

The “champion of social justice” who sent black people and gays to “re-education camps”. OK then. https://t.co/uJOgol1Hn3#Fidel

— Paul Joseph Watson (@PrisonPlanet) November 26, 2016

Também o presidente francês François Hollande homenageou a figura de Castro. Frisou a injustiça do embargo norte-americano a Cuba, que começa agora a ser levantado: “Sempre defendeu Cuba com orgulho face às pressões externas, sobretudo face ao embargo que atingiu o país. Mesmo se, muitas vezes, denunciei os atropelos aos direitos humanos em Cuba, sempre considerei o embargo uma decisão unilateral inaceitável”, disse Hollande.

Em Portugal, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, um dos últimos líderes mundiais a encontrar-se com Castro, enviou condolências ao povo cubano e lembrou um líder controverso, mas marcante. Jerónimo de Sousa, líder do PCP, falou de uma vida consagrada aos ideiais da liberdade, enquanto a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, homenageou Castro através do Twitter:

Bloco saúda memória de Fidel e solidariza-se com povo de Cuba | Esquerda https://t.co/ksnn6U9fdb

— Catarina Martins (@catarina_mart) November 26, 2016

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