Falta de combustível terá estado na origem do desastre de avião que vitimou a equipa de futebol brasileira Chapecoense na terça-feira.
Falta de combustível terá estado na origem do desastre de avião que vitimou a equipa de futebol brasileira Chapecoense na terça-feira.
Um dos pilotos do avião da companhia Lamia terá insistido na prioridade para aterrar por ter problemas de combustível. A informação é confirmada nas comunicações entre o piloto e a torre de controlo [oiça aqui]
Esta é a transcrição da parte final da conversa entre o piloto e a torre de controlo:- Piloto: senhorita Lamia 933 está em falha total, falha eléctrica total, sem combustível.
- Torre de Controlo: Pista Livre e espere chuva sobre a superfície Lamia 933, bombeiros alertados.
- Piloto: Vetores, senhorita, vetores para a pista.
- Torre de Controle: O sinal de radar foi perdido, notifique curso agora.
- Piloto: Estamos indo 3-6-0, indo 3-6-0.
- Torre de Controle: Vire 0-1-0 o prossiga para o localizador na borda esquerda, avance para Rionegro a uma milha antes de Bora (…) Posso confirmar à esquerda 3-5-0.
- Piloto: Esquerda 3-5-0.
- Torre de controle: Sim, certo, você está a uma milha a partir dos arredores de Rionegro.
- Torre de Controle: Eu não tenho a altitude Lamia 933.
- Piloto: 9.000 pés, a perder.
- Piloto: Vetores, vetores.
- Torre de Controle: Você está a 8,2 milhas da pista.
- Torre de Controle: Qual é a altitude, agora?
- Torre de Controle: posição, Lamia 933?
Fim de transcriçãoA investigação oficial prossegue com técnicos brasileiros já no terreno para ajudar os homólogos colombianos a decifrar os dados das caixas negras.
A prioridade ao voo da Lamia não terá sido dada de imediato por existir um outro avião com dificuldades nos instrumentos de navegação.
A bordo do avião, um Avro RJ-85, seguiam 77 pessoas, 68 passageiros – jogadores do Chapecoense, jornalistas e convidados – e nove tripulantes.
Os futebolistas viajavam para Medellin, onde a equipa jogaria esta quarta-feira uma partida da Taça sul-americana contra o Atlético nacional.
Sobreviveram três jogadores, um jornalista, uma hospedeira e um técnico de voo.