Jogo eletrónico ajuda luta contra a demência

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Quase dois milhões e meio de pessoas já jogaram.

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Parece um jogo como todos os outros, mas cada vez que alguém consegue manobrar este barco evitando as rochas ou o levar para uma praia, há informações importantes que estão a ser enviadas aos pesquisadores, sobre o cérebro do jogador.

Desde que foi lançado em maio, quase dois milhões e meio de pessoas já jogaram Sea Hero Quest – O resultado é um total de 63 anos de jogo ou o equivalente a 9400 anos de pesquisas de laboratório nesta ária, segundo os criadores do jogo e os cientistas na origem deste estudo. A pesquisa mostra que o reconhecimento espacial humano, algo crucial para se perceber a demência, começa a ser afetado no início da idade adulta.

A demência é uma doença que rouba as memórias às pessoas. Por isso, os criadores do jogo decidiram centrar a história numa pessoa de idade que está a perder as memórias. O homem e o filho viajaram por todo o mundo num barco e conheceram todo o tipo de criaturas. À medida que o homem envelhece, começa a estar afetado pela demência, as memórias começam a falhar e o filho começa a desenhar figuras num diário, para lembrar ao pai as coisas que viram juntos. No jogo, é preciso relembrar os passos.

De um ponto de vista científico, o que se quer com o jogo é ver o que as pessoas fazem sem serem influenciadas e criar, ao mesmo tempo, uma grande amostra aleatória: “Isto vai permitir aos médicos, no futuro, desenvolver uma ferramenta de diagnóstico. Uma pessoa vai poder fazer um teste para aferir o nível do sentido de direção, ter uma classificação no teste e depois comparar o resultado com esta grande amostra de dois milhões e 400 mil pessoas. Aí vamos poder ver onde cada pessoa se situa, se o desempenho está entre os muito bons ou no fim da tabela”, diz o cientista Hugo Spiers.

A informação gerada pelas dois milhões e 400 mil pessoas que jogaram o jogo constitui uma base de dados muito importante, segundo a Alzheimer´s Research UK uma ONG de luta contra a doença de Alzheimer que encorajou as pessoas a participarem no projeto: “O facto de dezenas de milhares de pessoas poderem jogar este jogo significa uma aceleração nas pesquisas contra a demência. Fazer a pesquisa no laboratório de forma a recolher todos estes dados que conseguimos recolher através do jogo poderia levar centenas de anos. É muito importante que esteja centrado na pesquisa, porque a pesquisa é a única coisa que pode vir a resultar na descoberta de um tratamento”, explica Hilary Evans, desta organização.

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