Até o céu do Brasil chorou no adeus aos jogadores do Chapecoense

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De  Francisco Marques com Globo
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As 50 vítimas mortais, entre jogadores e outros funcionários do clube brasileiro, foram homenageadas este sábado em pelno estádio do emblema de Santa Catarina, com Virgilio Lopes a representar o Sport

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Emoção, aplausos e lágrimas. Até o céu do Brasil parece ter chorado este sábado, no velório dos 50 jogadores e funcionários da Associação Chapecoense, mortos no desastre de avião da passada segunda-feira-feira, na Colômbia.

“Uma chuva tão forte assim em Chapecó só pode ser a presença de Deus abençoando todos de volta à casa”
- Galvão

— São Paulo F.C (@TeamSaoPaulo) 3 de dezembro de 2016

O time que uniu povos e entraram pra história. A chuva que cai em Chapecó são as lágrimas de dor que todos estamos sentindo. pic.twitter.com/ij3gYdV3il

— dan (@Danzits) 3 de dezembro de 2016

A equipa rumava a Medellin para jogar com o Atlético Nacional, a primeira mão da final da Taça Sul-Americana, o equivalente à Liga Europa, mas o avião fretado em que embarcaram na Bolívia despenhou-se a cerca de 17 quilómetros da pista de aterragem, aléegadamente devido a falta de combustível.

Morreram 71 pessoas das 77 que seguiam a bordo. Há seis sobreviventes. Alguns jogadores da Chapecoense não estavam convocados e, por isso, não seguiam na viagem. É o caso do guarda-redes veterano Nivaldo, de 42 anos, que anunciou, entretanto, o fim da carreira.

Na comitiva, seguiam também alguns convidados do clube e jornalistas que iam fazer a cobertura da partida. Num emotivo vídeo partilhado pelas redes sociais, a mãe de Danilo, o guarda-redes que sobreviveu ao desastre, mas viria a morrer no hospital após falar ao telefone com a mulher, deixou uma mensagem para os jornalistas que têm feito a cobertura da tragédia.

Mãe do goleiro Danilo e a lição do ano pic.twitter.com/jb6EppMwrq

— Fabiano Baldasso (@FabianoBaldasso) 2 de dezembro de 2016

Desde esse dia que o Arena Condá, o estádio do clube de Chapeco, no estado de Santa Catarina, se converteu num memorial improvisado e este sábado foi palco de um velório coletivo com a presença de cerca de 100.000 pessoas.

“Muito obrigado povo da Colômbia”: Luciano Buligon, alcalde de Chapecó https://t.co/6LS5wGZCWTpic.twitter.com/f0jejE3i1X

— EL TIEMPO (@ELTIEMPO) 3 de dezembro de 2016

Na derradeira despedida aos colegas esteve o guarda-redes Marcelo Boeck, cedido no início do ano pelo Sporting ao Chapecoense e que também não estava convocado e terá pedido dispensa da viagem ao clube para celebrar naquele mesmo dia o 32.° aniversário em família.

O clube português está, aliás, representado no velório em Chapeco pelo antigo jogador e atual diretor da Academia leonina, Virgilio Lopes, com quem Boeck tirou uma foto, partilhada sexta-feira pelo Instagram (em baixo).

Isso é o Sporting! Não somos 11, somos todos chape!!! Obrigado Presidente Bruno de Carvalho, obrigado Seu Virgílio Lopes #forçachape

A photo posted by Marcelo Boeck (@marceloboeck1) on Dec 2, 2016 at 11:44am PST

O Sporting, que partilha as cores do equipamento com o Chapecoense (verde e branco), jogou este sabado à noite diante do Vitória de Setúbal (ganhou 2-0), em partida a contar para a 12.a jornada da Liga portuguesa, e alinhou envergando um equipamento especial, homenageando as vítimas do clube brasileiro.

Durante o jogo, os adeptos do Sporting entoaram cânticos dedicados ao Chapecoense (vídeo em baixo).

Estas são as camisolas que hoje vamos usar frente ao Vitória FC! #ForçaChapepic.twitter.com/EE7N710dYr

— Sporting CP (@Sporting_CP) 3 de dezembro de 2016

Adeptos do Sporting_CP</a> cantam canção de apoio ao <a href="https://twitter.com/ChapecoenseReal">ChapecoenseRealEsp_Interativo</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/For%C3%A7aChape?src=hash">#ForçaChape</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/forcachape?src=hash">#forcachape</a> <a href="https://twitter.com/MarceloBoeck1">MarceloBoeck1pic.twitter.com/LkHu0bpTDg

— Cortina Verde (@Cortina_Verde) 3 de dezembro de 2016

As urnas foram colocadas numa área coberta especial preparada no estádio, onde estavam também os familiares e as pessoas próximas das vítimas.

Pelas 13h25, especificou o jornal O Globo, todas as urnas estavam já no local e a cerimónia começou com a execução dos hinos do Brasil e da Chapecoense.

Entre as personalidades presentes neste velório, destacaram-se o Presidente do Brasil, Michel Temer; o presidente da FIFA, Gianni Infantino; o secretário-geral da Confederação Brasileira de futebol, Walter Feldman; o selecionador brasileiro, Tite; e os antigos jogadores Clerence Seedorf, holandês que passou pelo futebol brasileiro, e o espanhol Carles Puyol.

Os céus,o Brasil,o mundo chora junto com Chapecó ! #ForcaChapepic.twitter.com/jnyBt2t49t

— falsiane (@falsianehumilde) 3 de dezembro de 2016

Procuramos uma palavra para agradecer tanto carinho e encontramos várias.#ForçaChapepic.twitter.com/9rcFItsIlP

— Chapecoense (@ChapecoenseReal) 3 de dezembro de 2016

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