Incerteza sobre banco italiano Monte dei Paschi pode atingir CGD

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De  Francisco Marques
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Há um novo monstro debaixo da cama das finanças europeias: o resgate do Monte dei Paschi de Siena.

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Há um novo monstro debaixo da cama das finanças europeias: o resgate do Monte dei Paschi de Siena. O banco italiano, descrito como o mais velho do mundo, necessita de cinco mil milhões de euros, mas o processo em curso, urgente, foi atingido em cheio pela derrota do primeiro-ministro Matteo Renzi num referendo constitucional e consequente demissão.

Um dos principais investidores envolvidos na recapitalização do banco mais velho do mundo, o Qatar, recuou perante esta nova crise política em Itália. Outros investidores privados envolvidos poderão seguir os mesmos passos. Pode estar gerado um impasse para fechar a solução privada para o Monte dei Paschi.

Bankers have told Italian bank Monte dei Paschi di Siena to prepare for a state bailout this weekend https://t.co/bg7jPSdzhf

— Financial Times (@FT) 5 de dezembro de 2016

(Banqueiros disseram ao banco italiano Nonte dei Paschi de Siena para se preparar para um resgate estatal este fim de semana.)

A recapitalização está, assim, ameaçada e a alternativa do governo, adiantam alguns meios de comunicação italianos, pode ser um resgate com recurso a dinheiros públicos, o que não é aceite por Bruxelas. Uma intervenção europeia seria a reação correta, mas não parece haver tempo.

Kathleen Brooks, analista do city Index, diz serem “óbvios os riscos para a banca”. “O Monte dei Paschi é um e o Unicredit é outro que temos de ter debaixo de olho. O governo italiano, assim como as autoridades europeias, estariam completamente loucas se deixassem os bancos italianos encostados à parede apenas pelo inferno que podem criar ao setor bancário europeu como é o caso do Deutsche Bank”, defende esta analista, num raciocínio em que também podemos incluir a Caixa Geral de Depósitos.

O banco público português está em processo de recapitalização e pode ser afetado pelo que se vai passar em Itália. Atrás de um eventual resgate ao Monte de Paschi, pode vir também o do Unicredit, o maior banco italiano e depois pode sair de debaixo da cama das finanças europeias esse tal monstro, em forma de bola de neve, a rolar sobre a banca europeia.

The management of Italy’s Banca Monte dei Paschi is to meet the eurozone banking regulator today https://t.co/r9BMlFaLwv

— Wall Street Journal (@WSJ) 6 de dezembro de 2016

(A administração do Banco Monte dei Paschi, de Itália,
reúne-se hoje com o regulador da banca da zona euro.)

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