De Berlim a Alepo: 3000 km de "rota dos refugiados" invertida

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A Marcha Civil por Alepo, liderada pela jornalista e blogger de viagens Anna Albothm rejeita "a impotência face à guerra" e é aberta a todos.

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Centenas de activistas juntaram-se esta segunda feira em Berlim para começar uma marcha de três meses e meio até Alepo.

Objectivo: chamar a atenção pública para a crise humanitária na Síria.

#CivilMarchForAleppo Walking through Berlin with white flags pic.twitter.com/LtfBSTojUv

— CivilMarchForAleppo (@AleppoMarch) December 26, 2016

Com o ponto de partida no antigo aeródromo Tempelhof de Berlim, a chamada “rota dos refugiados” vai agora ser percorrida em sentido contrário, sob o nome de Marcha Civil por Alepo.

Uma jovem alemã dizia, antes de partir: “É Natal e é bom passar tempo com a família, mas temos também de criar consciência de que noutras partes do mundo há pessoas que lutam pela vida e que podemos fazer alguma coisa para ajudar.”

O percurso é inverso àquele que foi já percorrido por milhares de refugiados.
Jaber Zaher Alger partilha o motivo pelo qual se juntou à iniciativa: “Sou sírio e esta marcha afecta-me pessoalmente. As pessoas estão aqui para expressar a humanidade que tèm e eu quero contribuir. Outras pessoas no mundo precisam de saber que a situação na Síria é horrível.”

Os participantes foram avisados de que as condições podem ser “selvagens”, uma vez que dependem de donativos de comida e de abrigo ao longo do caminho.

You're asking where you can join us on the way. The route with starting and ending points is here – https://t.co/JSPOUga5Q4pic.twitter.com/LHN9ym2hM0

— CivilMarchForAleppo (@AleppoMarch) December 25, 2016

Dependendo das condições do tempo, esperam avançar cerca de 20 quilómetros por dia. Segundo a equipa internacional organizadora, não é esperado que os participantes percorram o trajecto total, mas espera-se que haja novos participantes a juntarem-se à Marcha ao longo do percurso.

Em Alepo, depois da reconquista da cidade ao Daesh, estão já as tropas russas desembarcadas em Latakia na sexta feira, com o objectivo de proteger os sapadores russos em operações de desminagem e as equipas médicas e humanitárias.

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