Obama não vai ficar de braços cruzados com Trump na Casa Branca

Obama não vai ficar de braços cruzados com Trump na Casa Branca
De  Stefan Grobe
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Aos 55 anos, o que irá Barack Obama fazer a seguir? Em entrevistas recentes, deixou algumas pistas, ponderando até tornar-se motorista da Uber.

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Aos 55 anos, Barack Obama será um dos mais jovens presidentes da História americana a cessar funções, quando deixar oficialmente a Casa Branca no próximo dia 20 de janeiro. Mas, o que irá ele fazer a seguir? Habitualmente, os ex-presidentes deixam Washington e a vida política ativa. No entanto, com Obama será diferente. Em entrevistas recentes, deixou algumas pistas sobre o que poderá ser o seu futuro. Chegou mesmo a ponderar, no registo de humor que lhe é conhecido, tornar-se motorista da Uber.

O que se sabe concretamente?

Antes de mais, a família Obama pretende ficar mesmo em Washington depois de Donald Trump assumir funções. Isto após uma breve pausa. “Os meus planos para o dia 21 de janeiro são dormir e levar a minha mulher a passar umas férias simpáticas”, afirmou. Porquê a decisão de permanecer na capital americana? Para já, a filha mais nova dos Obama, Sasha (15 anos), ainda tem dois anos de liceu pela frente, e os pais já anunciaram que não querem obrigá-la a mudar de escola. A irmã mais velha, Malia (18 anos), deverá ir em breve para Harvard.

Ou seja, pelo menos durante os próximos dois anos, os Obama ficam a viver numa mansão de 1928 no bairro chique de Kalorama, a apenas 3 quilómetros da Sala Oval. É a primeira vez que um antigo presidente permanece no Distrito de Columbia desde Woodrow Wilson, em 1921.

A redefinição do Partido Democrata está também claramente no horizonte de Obama. “Quero desenvolver uma nova geração de talentos”, declarou à National Public Radio. Os Democratas receiam que o legado dos últimos mandatos presidenciais seja fortemente abalado pelo governo que aí vem, desde a famigerada reforma no setor da Saúde conhecida como Obamacare, até à agenda estabelecida em nome das metas ambientais. Os anúncios de Trump durante a campanha ameaçavam demolir grande parte disto. Só que Obama não pretende ficar de braços cruzados a ver isso acontecer.

“Change can happen. The system will respond to ordinary people coming together to try to move the country in a better direction.” —POTUS</a> <a href="https://t.co/t2LuhENkrP">pic.twitter.com/t2LuhENkrP</a></p>&mdash; The White House (WhiteHouse) 9 de janeiro de 2017

Estratégia política e literatura

Mesmo antes das controversas eleições que ditaram a vitória de Trump, Obama já tinha identificado áreas prioritárias a retrabalhar juntamente com alguns dos elementos mais experientes da frente democrata. Este novo “grupo” irá coordenar estratégias de campanha, a angariação de fundos e rever a organização legal das listas e atos eleitorais a nível local.

Isto tudo em paralelo com um novo fôlego literário: Obama garante que vai regressar à escrita. Escreveu o primeiro livro, “Sonhos do Meu Pai”, aos 34 anos; a segunda obra surgiria em 2006 – “A Ousadia da Esperança”. Segundo a agente literária Raphael Sagalyn, no New York Times, um contrato assinado por Obama com uma editora pode valer até 30 milhões de dólares.

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