Airbus aumenta entregas em 2016

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A Airbus teve um aumento de 8% das entregas de aeronaves, em 2016.

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A Airbus teve um aumento de 8% das entregas de aeronaves, em 2016.

Segundo o anúncio da fabricante europeia, só em dezembro entregou 111 aviões, totalizando 688 unidades, acima das 670 previstas.

A principal concorrente, a norte-americana Boeing, entregou 748 aviões em igual período.

No comunicado, a Airbus informou que vai reduzir a produção do modelo A380 devido à quebra das encomendas.

Em valores líquidos, as vendas da Airbus representaram quase 100 mil milhões de euros, em 2016.

A fabricante europeia vai entregar, ainda, cerca de uma centena de aviões de médio curso, A320, e de longo curso, A330, à Iran Air. Um negócio realizado após o levantamento das sanções impostas pelo Ocidente.

Para comentar o bom momento para a empresa, a entrevista com John Leahy, o diretor comercial da Airbus.

euronews: Assinou um acordo para cerca de 100 aeronaves com o Irão, graças à luz verde dos Estados Unidos da América. Está preocupado que, agora com Trump na Casa Branca, esse negócio esteja em risco?

John Leahy: Penso que o negócio está feito e Trump ser o presidente, torna-se irrelevante. O facto é que o acordo está feito – e parece que os iranianos estão a honrá-lo – não são aviões militares, são aviões civis. Isso vai melhorar a segurança no Irão e tanto a Boeing como a Airbus estarão a criar mais empregos. Então, acredito que os iranianos honrarão o compromisso e acredito que os Estados Unidos continuarão a emitir as licenças.

e: Qual é o futuro do modelo A380, com a quebra das encomendas?

JL: Todos, nesta indústria, desde os fornecedores às companhias aéreas concordam que daqui a 15 anos, o tráfego vai duplicar. Será que o aeroporto Charles de Gaulle vai duplicar de tamanho? E Frankfurt? E Londres Heathrow? Vamos construir um novo Heathrow? Um novo Frankfurt? Um novo JFK? Claro que não. A única maneira é termos aviões maiores. Agora, temos o maior avião do mundo, o A380 e, felizmente, é o avião onde os passageiros vão voar. Mais de 60% dos passageiros que voam no A380 dizem-nos que querem voar nele e que pagariam mais dinheiro para poderem viajar nele. Assim, com a duplicação do tráfego, nos próximos 15 anos, e com as pessoas a amar a aeronave, creio que o A380 tem um grande futuro.

e: Como vê o futuro da indústria da aviação com a ascensão da China como uma força fabril?

JL: Se me perguntar se estarei preocupado com a China daqui a 5 anos, eu diria que não, daqui a 10 anos eu diria que não. Mas se me perguntar se estaria preocupado com a China como um concorrente, daqui a 20 anos, eu diria que a China será um dos três grandes fabricantes de aeronaves daqui a 20 anos.

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