Cultura de órgãos humanos em porcos já é possível

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Cientistas do instituto Salk para os estudos biológicos, na Califórnia, conseguiram fazer crescer células humanas em embriões de porcos.

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Cientistas do instituto Salk para os estudos biológicos, na Califórnia, conseguiram fazer crescer células humanas em embriões de porcos.

Uma técnica que prova a possibilidade de um organismo gerar um órgão composto de outra espécie, o que pode ser o primeiro passo para a cultura de órgãos humanos em animeis e posterior transplante em pessoas.

Os resultados, alcançados graças a uma experiência com 1.500 embriões de porco, “representam a prova do conceito de integração de células humanas numa espécie animal grande”, segundo a equipa de cientistas liderada pelo espanhol Juan Carlos Izpisúa Belmonte, do Instituto Salk para os Estudos Biológicos, na Califórnia, nos Estados Unidos.

The creation of a human-pig chimera paves the way for growing human cells, tissues and organs. https://t.co/8VEyQiAhJq

— Discovery (@Discovery) January 27, 2017

Depois de gerarem vários tipos de células pluripotentes humanas, os investigadores incorporaram-nas em embriões de porco, que, posteriormente, foram introduzidos em fêmeas de porco recetoras.

A experiência foi interrompida às quatro semanas de gestação das porcas, para que fosse avaliada a segurança e a eficácia da tecnologia, e também por questões éticas.

“Demonstrámos que esta tecnologia permite que um organismo de uma espécie gere um órgão composto por células de outra espécie”, sustentou o coordenador da investigação, Juan Carlos Izpisúa Belmonte, assinalando que “isto proporciona uma ferramenta muito potente para estudar a evolução das espécies, o aparecimento e o desenvolvimento de doenças e a procura de novos medicamentos, podendo conduzir, em última instância, à possibilidade de se produzir órgãos humanos para transplante”.

Apesar de ser um “primeiro passo importante”, o crescimento de órgãos humanos em porcos ainda está “muito longe”, ressalvou.

Alguns dos embriões de porco revelaram que as células humanas se tinham especializado e convertido em precursores de distintos tecidos, como músculo, coração, pâncreas, fígado e medula, ainda que a taxa de êxito e o nível de contribuição das células humanas em porcos tenha sido mais baixo quando comparado com ratos.

A equipa de cientistas conseguiu criar ratos com pâncreas, olhos e coração de ratas, mas decidiu trabalhar com porcos, porque os roedores são animais pequenos e com uma fisiologia muito diferente da dos humanos.

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