EUA: Juíza bloqueia decreto presidencial que proíbe entrada de cidadãos de países muçulmanos e imigrantes

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De  Nelson Pereira
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Cerca de cinco centenas de pessoas protestaram este sábado no aeroporto internacional John F.

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Cerca de cinco centenas de pessoas protestaram este sábado no aeroporto internacional John F. Kennedy, em Nova Iorque, contra a ordem executiva do presidente Donald Trump, que proíbe a entrada nos Estados Unidos aos cidadãos de sete países muçulmanos (Síria, Iraque, Irão, Sudão, Líbia, Somália e Iémen).

As pessoas que estavam já em viagem quando a lei entrou em vigor foram detidas à chegada aos aeroportos. É o caso de dois cidadãos iraquianos. Um deles tinha trabalhado como tradutor para o exército norte-americano.

“Eu apoio o governo dos Estados Unidos do outro lado do mundo e não me deixam entrar no país, tratam-me como um criminoso, como se tivesse infringido a lei”, disse Hameed Khalid Darweesh à saída do aeroporto.

Hameed Darweesh freed after being detained 18 hours at JFK. He was an interpreter in Iraq for the U.S. military. pic.twitter.com/5ZPsgE44SA

— Anne Thompson (@annenbcnews) 28 de janeiro de 2017

Entretanto uma juíza federal de Brooklyn bloqueou parte da ordem executiva assinada pelo presidente na sexta-feira. A suspensão da execução da lei foi emitida no sábado à noite e impede temporariamente que as pessoas que chegam a aeroportos dos Estados Unidos com visto válido sejam deportadas.

Federal Judge Ann Donnelly appointed by BarackObama</a> confirmed by US Senate 95-2 in 2015 temporarily blocks Trumps ex order <a href="https://twitter.com/hashtag/MuslimBan?src=hash">#MuslimBan</a> <a href="https://t.co/fcr0ewsn5P">pic.twitter.com/fcr0ewsn5P</a></p>— Dorothys Daughter (HlLLARY) 29 de janeiro de 2017

Judge Ann Donnelly ruled just before 9 pm that implementing President Trump’s order could cause “irreparable harm” https://t.co/uJflLdC5cX

— The New York Times (@nytimes) 29 de janeiro de 2017

A decisão da juíza Ann Donnelly, do Distrito Judicial Oriental de Nova York, anula temporariamente a ordem executiva do presidente que proibia a entrada dos cidadãos muçulmanos, assim como a suspensão do programa de acolhimento de refugiados sírios.

These Exec Orders will only serve to embolden & inspire those around the globe who would do us harm. They must be reversed, immediately.

— Chuck Schumer (@SenSchumer) 29 de janeiro de 2017

Donald Trump assinou na sexta-feira uma ordem executiva que suspende durante 120 dias o programa de asilo e por 90 dias a entrada de cidadãos originários do Iraque, Síria, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

O mesmo decreto prevê a proibição indefinida de entrada de refugiados sírios.

Trump reduziu ainda o número de refugiados que os EUA previam receber em 2017 de 110 mil para 50 mil.

Entre 1 de outubro de 2015 e 30 de setembro de 2016, os Estados Unidos da América acolheram 84.994 refugiados de várias nacionalidades, incluindo cerca de dez mil sírios.

Calls to ban Muslims from entering the U.S. are offensive and unconstitutional.

— Governor Mike Pence (@GovPenceIN) 8 de dezembro de 2015

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