Quem é Stephen Bannon, o "homem sombra" de Donald Trump?

Quem é Stephen Bannon, o "homem sombra" de Donald Trump?
De  Euronews
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Conhecido como ultranacionalista de extrema-direita, divorciou-se três vezes, tem três filhas, foi acusado de violência doméstica e até há quem o compare a "Darth Vader"

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Há quem o defina como o “Darth Vader” de Donald Trump depois dele próprio ter elogiado o vilão do filme “Guerra das Estrelas” numa entrevista ao Hollywood Reporter.

Há quem o acuse de ser o mentor da recente ordem executiva para proibir a entrada no país de imigrantes muçulmanos oriundos de sete países do Médio Oriente e do norte de África.

Factos sobre Stephen Bannon: 4. Nasceu Stephen Kevin Bannon, a 27 de novembro de 1953 (63 anos); 5. Divorciado após três casamentos, tem três filhas já adultas, incluindo duas gémeas; 6. No segundo divórcio, foi acusado de violência doméstica; 7. Liderou a campanha presidencial de Trump desde agosto; 8. É o principal conselheiro político do novo Presidente dos Estados Unidos; 9. É o mais recente membro do Conselho de Segurança Nacional, por escolha direta de Trump; Stephen Bannon — ou “Steve” como é tratado pelos mais próximos — nasceu em Norfolk, na Virgínia. Filho de irlandeses católicos da classe média operária. Tirou um bacharelato em Planeamento Urbano, fez um mestrado em Estudos de Segurança Nacional e juntou ainda outro, em Harvard, de Gestão de Empresas.

Cumpriu serviço militar na marinha, entre o final da década de 70 e o início da de 80. Serviu a bordo do contratorpedeiro USS Paul F. Foster integrando a frota do Pacífico. Mudou-se para o setor bancário e trabalhou na Goldman Sachs no departamento de fusões e aquisições.

Investiu no setor do entretenimento e, na sequência de um negócio com o magnata da televisão Ted Turner, garantiu direitos económicos sobre algumas séries televisivas — a comédia “Seinfeld” permitiu-lhe consolidar fortuna.

Fez ainda carreira no cinema como produtor e argumentista. Associou-se à Breitbart News, uma rede de meios de comunicação que ajudou a criar em 2007 ao lado de dois judeus – o atual diretor executivo Larry Solov e Andrew Breitbart.

A Breitbart News tem notória proximidade à extrema-direita, promove políticas nacionalistas e difunde mensagens muitas vezes associadas à política nazi e à supremacia branca. Bannon descreve esta rede de comunicação como o veículo de propaganda da “alt-right”, um movimento extremista de alternativa de direita.

Casou pela primeira vez algures nos anos 80 com Cathleen Suzanne Houff. Foi pai, em 1988, de Maureen, uma discreta mulher com uma carreira militar e gosto pela atividade física.

Após o primeiro divórcio, “Steve” voltaria a casar-se em 1995 com Mary Louise Piccard, uma gestora bancária. Três dias após a boda, nasceram as gémeas. O casal separou-se pouco depois com acusações de violência doméstica sobre Stephen Bannon.

O então empresário e produtor de cinema também terá discutido com a segunda mulher porque alegadamente não queria as filhas numa escola frequentada por judeus como desejava a mãe das gémeas.

Steve Bannon said media needs to keep its mouth shut. I’ve published Bannon’s entire divorce file instead. https://t.co/QnsY2LLXx7

— Yashar (@yashar) 29 de janeiro de 2017

Mary Louise Piccard meteu os papéis para o divórcio unilateral e o caso arrastou-se até ela desistir das queixas de violência domestica por, revelaria mais tarde, ameaças do ex-marido e do advogado deste.

Voltaria a casar, mas também o matrimónio com Diane Clohesy durou pouco e foi dissolvido em 2009.

Com uma reputação ultranacionalista e de extrema-direita em ascensão, causou surpresa pela negativa entre democratas e republicanos a escolha de Bannon para liderar a campanha de Trump.

“Steve”, tal como Donald, chegou à Casa Branca sem qualquer experiência política ao mais alto nível.

Os primeiros dias após a tomada de posse do novo Presidente dos Estados Unidos não estão a ajudar. E ainda pior com a nomeação de “Steve” para o Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla inglesa), um órgão que responde diretamente ao chefe da Casa Branca com recomendações sobre a segurança interna do país e a política externa.

Não é normal o Presidente dos Estados Unidos colocar um dos seus conselheiros políticos no NSC. Há até quem garanta nunca ter acontecido desde que Harry Truman criou este órgão em 1947.

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