Jovens investigadores "acorrentados" por Donald Trump

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Lágrimas no terminal das chegadas do aeroporto internacional de Los Angeles, no sábado, quando as famílias iranianas ficaram a saber que tinha sido recusada a entrada nos Estados Unidos aos seus…

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Lágrimas no terminal das chegadas do aeroporto internacional de Los Angeles, no sábado, quando as famílias iranianas ficaram a saber que tinha sido recusada a entrada nos Estados Unidos aos seus familiares. O irano-americaino, Hossein Khoshbakhty, estava à espera do irmão, detentor de um visto de trabalho – green card -, quando recebeu um telefonema a informá-lo que o irmão seria deportado.

“Não sei o que fazer. Nós fugimos do Irão para este país porque lá faziam-nos estas coisas, e agora temos a mesma situação aqui. Eu sou cidadão americano há 15 ou 20 anos e o meu irmão não fez nada de mal em nenhum sítio do mundo e eu também não fiz nada de mal”, afirma em lágrimas.

Nima Enayati, engenheiro bio-médico, iraniano, estudante na Universidade Politécnica de Milão também não fez nada de mal, mas viu-se impedido de viajar para os Estados Unidos no aeroporto de Malpensa por causa da sua nacionalidade. Devia passar os próximos seis meses na Universidade de Stanford: “Estou preocupado também com outra viagem, porque recebemos fundos de uma grande empresa de robótica cirurgica da Califórnia. No entanto, se a situação não mudar, eu não poderei pedir o meu visto para ir apresentar o meu projeto – isso terá – para mim pessoalmente – um grande impacto emocional, pelo menos”.

A comunidade cientifica e académcia vai ser bastante penalizada por esta interdição de viagens. Estudante de um douturamento no instituto Hasso Plattner, Mana, que é iraniana, já tinha visto para viajar para a Califórnia: “Tinha planos para ficar um mês em Palo Alto (…)Por isso, claro que fiquei muito triste por não poder viajar com os meus colegas e amigos do HPI. Não pude acompanhar a minha equipa e já não posso continuar os meus estudos em Stanford .”

Soosan Lolavar é britânico-iraniana e obteve uma bolsa para a Universidade Carnegie Mellon no ano passado. Enquanto artista, poderia beneficiar de uma dispensa da Universidade para ir a Pittsburg à estreia da sua ópera “ID Please” em abril, mas dúvida que vá: “Por um lado, seria muito bom ir assistir à estreia da minha ópera. Muita gente dispendeu um grande esforço para este projeto. Queria apoiá-los, mas por outro lado, não queria ser tratada como um caso especial. Em questões como estas, a solidariedade é muito importante”, declara.

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