Valónia poderá complicar ratificação do acordo UE-Canadá

Valónia poderá complicar ratificação do acordo UE-Canadá
De  Isabel Marques da Silva
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No passado outono, a região francófona belga da Valónia ficou famosa por se recusar a assinar o acordo de livre comércio da União Europeia com o Canadá, conhecido por CETA. Agora que se prepara o voto

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No passado outono, a Valónia ficou famosa por se recusar a assinar o acordo de livre comércio da União Europeia com o Canadá, conhecido por CETA.

Após intensas negociações, o Parlamento desta região francófona da Bélgica deu o seu acordo, abrindo o caminho para a ratificação do texto.

Um desses passos é a votação no Parlamento Europeu, quarta-feira, mas o presidente do Parlamento da Valónia avisa que “não quisemos ficar só conhecidos”.

André Antoine explica que “temos reivindicações e, se estas não forem cumpridas pelos nossos amigos canadianos, pelo Conselho Europeu ou pela Comissão, não vamos ratificar o tratado. O CETA não poderá entrar em vigor enquanto não for ratificado a nível dos parlamentos nacionais, incluindo pelo parlamento regional da Valónia”.

Skylane é uma pequena empresa de componentes para fibra óptica. Com apenas 26 funcionários numa vila do sul da Valónia, tem presença na China e na América do Sul.

Para o gestor, Philippe Bolle, o CETA é uma oportunidade: “Trabalhamos com clientes a nível mundial e eles esperam que tenhamos capacidade de resposta em diferentes continentes. Os componentes são muito pequenos, mas têm de ser entregues muito rapidamente. O acordo permitiria gerir melhor as diferentes linhas de produção sem ter restrições administrativas e encargos com tarifas aduaneiras”.

Para o empresário, fazer mais negócios com o Canadá também lhe permitiria abordar o mercado dos EUA no futuro, embora esteja preocupado com o protecionismo apregoado pelo Presidente Donald Trump.

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