A oposição russa recordou, este domingo, o segundo aniversário do assassínio de um dos políticos mais críticos do atual governo do país.
A oposição russa recordou, este domingo, o segundo aniversário do assassínio de um dos políticos mais críticos do atual governo do país.
Milhares de pessoas desfilaram em Moscovo, junto ao local do crime, nas imediações do Kremlin, e em várias cidades do país, para voltar a pedir justiça para Boris Nemtsov.
"Our name is Boris Nemtsov!" protestors chant at march on 2nd anniversary of his murder pic.twitter.com/NLI8AEf0Eq
— Alec Luhn (@ASLuhn) February 26, 2017
“Uma Rússia sem Putin”
O desfile foi marcado por várias palavras de ordem contra o presidente russo, bem como por apelos a, “uma Rússia sem Putin”.
Uma manifestante afirma:
“Ele era para nós o símbolo da Rússia do pensamento livre, dos valores democráticos que são o nosso objetivo, como eleições livres e o NÃO à corrupção”.
Outro manifestante lamenta:
“Infelizmente o nome de Boris Nemtsov não é muito conhecido fora de Moscovo ou de São Petersburgo, fora das grandes cidades. Mas ele representa outra oportunidade perdida para a Rússia tornar-se um país normal”.
Impressive turn out at Moscow Nemtsov March, many still stuck at security (police checking every single participant) pic.twitter.com/jpS3ZjOoJJ
— Ola Cichowlas (@olacicho) February 26, 2017
Cinco suspeitos chechenos em tribunal
O ex-vice-primeiro-ministro de Boris Yeltsin tinha sido assassinado com quatro tiros nas costas, em 2015, depois de ter ameaçado revelar novos dados sobre o envolvimento russo no conflito separatista do leste da Ucrânia.
Dois anos depois, a justiça começou a julgar, em outubro, cinco indivíduos chechenos suspeitos do crime, que, no entanto, se declaram inocentes.
Um dos arguidos, Zaur Dadayev, é um antigo oficial do comando militar do líder checheno Ramzan Kadyrov, um personagem próximo do presidente Vladimir Putin.