Os eleitores da Irlanda do Norte votam, pela segunda vez em menos de um ano, para eleger o parlamento regional, depois do desacordo que levou à queda do…
Os eleitores da Irlanda do Norte votam, pela segunda vez em menos de um ano, para eleger o parlamento regional, depois do desacordo que levou à queda do anterior.
O Partido Democrático Unionista, pró-britânico, e os nacionalistas do Sinn Féin, lutam pela liderança do governo.
A vitória pende para o lado dos primeiros mas a nova líder do segundo, já disse que não forma governo com a anterior primeira-ministra.
Nenhum dos dois quer o regresso de fronteiras rígidas, depois do Brexit. Mas para o Sinn Féin, esta pode ser uma janela para a reunificação e a permanência na União Europeia.
A posição de Londres é mais cautelosa:
“Pelos motivos que expus, não queremos ver emergir fronteiras rígidas, porque penso que a Irlanda do Norte ganhou muito com esse sentido de identidade, de política. Ganhou com essa habilidade que temos de permitir às pessoas atravessarem essas fronteiras, sem quaisquer problemas. E essa continua a ser a nossa ambição”.
O novo ato eleitoral foi desencadeado pela demissão do vice-primeiro-ministro, Martin McGuinness, do Sinn Féin, depois da Primeira-ministra, Arlene Foster, se recusar a abandonar o cargo, enquanto decorria uma investigação a um programa de incentivo à utilização de energias renováveis.
A lei irlandesa obriga a que o governo regional seja partilhado entre as fações republicana e unionista, ou seja, católica e protestante. Uma não pode governar sem a outra.
A principal candidata à vitória é Foster, que ocupava o cargo de Primeira-ministra, seguida por Michelle O’Neill, que substitui McGuiness que se afastou da política por motivos de saúde.