Parlamento israelita a favor de proposta para silenciar mesquitas

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O parlamento israelita inflama a revolta da população árabe do país ao adoptar um projeto-lei criticado como “racista”.

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O parlamento israelita inflama a revolta da população árabe do país ao adoptar um projeto-lei criticado como “racista”.

Os deputados aprovaram, em primeira leitura, duas propostas que prevêem diminuir e mesmo suprimir os cinco apelos diários à oração nas mesquitas do país.

Os defensores da proposta, os nacionalistas religiosos do partido Lar Judeu e os nacionalistas laicos do Israel Beiteinou, ambos na coligação governamental, evocam o que consideram ser uma questão de “ruído” e “qualidade de vida”.

A proposta do Lar Judeu prevê suprimir os apelos à oração entre 23h e as 7h, enquanto a proposta do Israel Beiteinou vai mais longe, ao defender a probição total da utilização dos altifalantes dos templos muçulmanos situados no interior de zonas urbanas.

Segundo o deputado Motti Yogev (partido “Lar Judeu”), na origem da proposta:

“Trata-se de uma lei social que tem por objetivo proteger o sono dos cidadãos, sem, deus nos livre, prejudicar qualquer fé religiosa, quer seja o islão, o judaísmo ou qualquer outra fé em deus. Esta fé é a mesma para todos, ‘Allahu Akbar’, deus é grande.”

Uma posição dialmetralmente oposta à dos representantes da minoria árabe, cerca de 17,5% da população israelita.

Segundo o deputado Ahmad Tibi, da Lista Única Árabe:

“Nesta casa nunca interferimos em temas relacionados com cerimónias religiosas judaicas. A vossa decisão é racista ao interferir com um dos temas mais sensíveis para os muçulmanos”.

O governo tinha-se já pronunciado, em fevereiro, a favor de uma lei para evitar o ruído dos altifalantes de edifícios religiosos, sem nunca especificar que a medida se destinava apenas às mesquitas.

As duas propostas, que excluem a proibição nos locais santos, como a mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém, necessitam ainda de ser submetidas a três votações no parlamento antes de entrarem em vigor.

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