De visita a Moscovo, o chefe da diplomacia alemã disse estar "preocupado" com o risco de uma "nova corrida às armas" entre a Rússia e os Estados Unidos.
A Alemanha está preocupada com o risco de uma “nova corrida às armas” entre os Estados Unidos e a Rússia, numa altura em que as tensões crescem, com Washington a acusar Moscovo de violar “o espírito e a intenção” do tratado de não-proliferação de armas nucleares, assinado em 1987, ao alegadamente ter i“nstalado um novo míssil de cruzeiro, que pode atingir a Europa”:https://www.theguardian.com/world/2017/mar/08/russia-cruise-missile-violates-treaty-us-general. Uma acusação já rejeitada pelo Kremiln.
De visita a Moscovo, após um encontro com o homólogo russo, o chefe da diplomacia alemã, Sigmar Gabriel, afirmou estar “preocupado” com o “perigo de uma nova espiral de corrida às armas”, num momento em que o debate entre os dois lados assenta, por exemplo, na “forte presença militar da Rússia junto à região do Báltico e da Polónia” ou no “exorbitante aumento do orçamento de defesa dos Estados Unidos”, afirmou.
FM
sigmargabriel</a>: <a href="https://twitter.com/hashtag/Europe?src=hash">#Europe</a> and <a href="https://twitter.com/hashtag/Russia?src=hash">#Russia</a> share responsibility for security and stability</p>— GermanForeignOffice (
GermanyDiplo) March 9, 2017
O conflito na Ucrânia foi outro dos temas centrais da conversa, com Gabriel a realçar que a “cada 50 segundos é disparado um projétil no Leste” do país e os dois responsáveis a defenderem o fortalecimento da missão da OSCE, que supervisiona o cumprimento do cessar-fogo.
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interfax_news: We need a firm political will to implement the Minsk agreements. #Russiahttps://t.co/FjhMpTi1yf— GermanForeignOffice (@GermanyDiplo) March 9, 2017
Serguei Lavrov repetiu que a Rússia está disponível para discutir a questão da Ucrânia, salientando a necessidade de acelerar o processo para que as duas partes cumpram o estabelecido nos Acordos de Minsk, mas considerando que esse debate não deve ter lugar no Conselho NATO-Rússia, “criado para debater a segurança euro-atlântica”.
Os conflitos na Síria e na Líbia também foram abordados, tal como o tema da espionagem eletrónica, com Lavrov a afirmar que tenta não levar o telemóvel para “negociações relacionadas com temas sensíveis” e que, “por agora, parece que tal decisão” lhe permitiu “não estar numa situação desagradável”.