Do céu ao inferno e vice-versa: os caminhos inversos de "Barça" e PSG

Do céu ao inferno e vice-versa: os caminhos inversos de "Barça" e PSG
De  Francisco Marques
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Esta semana, em The Corner, focamo-nos nos caminhos invertidos de Barcelona e Paris Saint-Germain no regresso aos campeonatos nacionais após a história eliminátória da "Champions."

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A última semana futebolística ficou marcada pela sensacional e polémica “remontada” (reviravolta) do Barcelona, na Liga dos Campeões, diante do Paris Saint-Germain. No regresso aos respetivos campeonatos, os adversários alcançaram o mesmo resultado, mas com sortes diferentes.

Em Espanha, depois dos inesperados 6-1 com que reverteu os 0-4 de Paris e alugou um dos “quartos” da “Champions”, o Barcelona deslocou-se à Corunha para enfrentar o Deportivo. Tinha mais um ponto que o arquirrival, o Real Madrid, na classificação, embora menos um jogo.

Pensava-se que a injeção de motivação a meio de semana tornaria agora Neymar, Messi e companhia imparáveis. Puro engano.

Com o português Bruno Gama no “onze” dos galegos e André Gomes no dos catalães (Iniesta e Rakitic ficaram no banco), ao intervalo o Depor estava na frente do marcador, com um golo do hispano-alemão Joselu.

Logo a abrir a segunda parte, Luís Suarez ainda empatou. Luis Enrique chamou ao jogo Iniesta e Rakitic, mas nem isso evitou a queda do paraíso em que pareciam ter ficado os catalães após o triunfo europeu.

A 15 minutos dos “90”, Alex Bergantiños, a cumprir apenas o segundo jogo no campeonato, selou o triunfo do Deportivo, com um golpe de cabeça nas costas e Jordi Alba.

Horas depois, o Real Madrid recebeu o Bétis de Sevilha. A surpresa ficou a pairar no ar, aos 25 minutos, quando Keylor Navas deu um enorme frango, a remate de Antonio Sanabria.

Ainda antes do intervalo, Cristiano Ronaldo fez o que melhor sabe e, de cabeça, a cruzamento de Marcelo, empatou a partida com o 21.° golo na presente edição da Liga espanhola — segue a um de Luís Suarez e a quatro de Lionel Messi, ambos do Barcelona.

Positivos e negativos

Pela positiva, em Espanha, destacamos a equipa do Real Madrid. Após ultrapassar o Nápoles na Liga dos Campeões, a equipa de Cristiano Ronaldo venceu na receção ao Bétis, aproveitou a derrota do Barça, retomou a liderança da Liga e com um jogo a menos.

Com a equipa demasiado presa, com três médios criativos (James Rodriguez, Lukas Modric e Toni Kroos) e sem alas para criar jogo para os avançados, tinha de ser Ronaldo a fugir do meio para dar amplitude ao jogo. Zidane mexeu na equipa, apostou em Lucas Vasquez no lugar de James e Benzema no do apagado Morata.

Quase de imediato, Ronaldo escapa-se pelo meio dos defesas centrais, isola-se e marca, com um chapéu o guarda-redes. O árbitro anula, mal, o bis do português.

À entrada dos derradeiros dez minutos, num canto de Toni Kroos, Sérgio Ramos saltou mais alto e confirmou a reviravolta no marcador.

O triunfo viria a ser garantido já nos descontos com uma enorme defesa de Keylor Navas. O guarda-redes, ainda assim, não deixa de ser a figura negativa do encontro, pelo “frango” e pelo lance em que estranhamente não foi expulso ainda na primeira parte.

O Real Madrid já leva 48 jogos consecutivos sempre a marcar e Cristiano Ronaldo é um dos responsáveis.

PSG volta a sorrir… um pouco

O Paris Saint Germain, por seu turno, deslocou-se à Bretanha para limpar, diante do “lanterna vermelha” da Liga 1, as feridas europeias e tentar manter aberta a luta pelo título.

Já conhecedora do empate do Nice, com o qual seguia empatada na classificação, e do triunfo do líder Mónaco, a equipa de Unay Emery apresentou-se em Lorient com o português Gonçalo Guedes no banco.

À meia hora de jogo um autogolo de Benjamin Jeannot colocou o PSG a ganhar. Na segunda parte, Christopher Nkunku dilatou a vantagem dos parisienses.

Sem o português Cafú, lesionado, o Lorient reagiu e, aos 68 minutos, o antigo fiasco sportinguista Michaël Ciani fixou, de cabeça, o marcador em 1-2.

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Na sexta-feira, o Nice já tinha empatado em casa (2-2) com o Caen e o Mónaco, de Leonardo Jardim, recebeu e venceu o Bordéus, no sábado, por 2-1.

Depois de uma primeira parte sem golos, na segunda o jovem prodígio francês de 18 anos, Kylian Mbappé, abriu o marcador com o décimo golo no campeonato. Pouco depois, a passe de Bernardo Silva, João Moutinho “desenhou” um dos golos da jornada no futebol europeu.

O uruguaio Diego Rolán entrou em campo aos 76 minutos e, menos de 10 minutos depois, ficou o resultado final. O Bordéus foi ultrapassado na tabela e cedeu o último “lugar europeu” ao Marselha, de Rolando, que venceu em casa (3-0) o Angers.

Pela negativa, na Ligue 1, está o Bastia. Depois de dois empates já com o português Rui Almeida como treinador, o Bastia deslocou-se à Bretanha e foi goleado pelo Guingamp, por 5-0. Há já 12 jogos que o Bastia não vence, incluindo a eliminação na Taça de França pelo PSG, por 7-0.

#TheCornerScores

Depois de há uma semana termos acertado no resultado exato do Real Madrid diante do Nápoles — 3-1, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões — esta semana voltamos a “apostar” as nossas fichas na “Liga milionária” e tentamos adivinhar os resultados dos quatro derradeiros jogos que vão definir o quadro do sorteio dos “quartos” na próxima sexta-feira.

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Apesar do “milagre” do Barcelona, a equipa de desporto da não acredita na reviravolta do FC Porto em Turim depois da derrota caseira (0-2) . A “Juve” vai voltar a ganhar e agora por 3-0.

Em Inglaterra, na receção do Leicester ao Sevilha, apostamos num prolongamento, com os ingleses a conseguir os mesmos 2-1 com que perderam em Espanha.

Em Madrid, o Atlético vai voltar a ter o português Tiago ausente, por lesão, mas deverá passear diante do Bayer Leverkusen. Depois do triunfo na Alemanha, por 4-2, os “colchoneros” vão eliminar os “farmacêuticos” com mais um triunfo, este por 3-0.

No Mónaco, por fim, Pep Guardiola vai ser eliminado por Leonardo Jardim. Depois do triunfo por 5-3 em casa, o Manchester City vai perder 3-1 no Principado e os golos marcados fora vão desequilibrar a eliminatória para o lado da equipa de Bernardo Silva e João Moutinho.

Não concorda?

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