"Dual Use" - Militar e civil: O que é?

"Dual Use" - Militar e civil: O que é?
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Francesco Cappello, da Rede Europeia de Empresas, explica-nos o conceito.

Vamos conhecer o Dual Use – as formidáveis oportunidades da utilização dupla. Estamos com Francesco, que representa a Rede Europeia de Empresas.

Dual Use

  • As tecnologias Dual Use destinam-se a utilizações tanto civis como militares. Cobrem um grande número de áreas, como a eletrónica, a navegação e a aeronáutica.
  • Estas tecnologias oferecem novas oportunidades de negócio às empresas europeias, em especial às PME, e podem ajudá-las a encontrar novos mercados.
  • O financiamento europeu, através de programas como o Horizonte 2020, os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) ou o COSME (Programa Europeu para a Competitividade das PME) está disponível para ajudar as PME a desenvolver tecnologias e produtos Dual Use.

Ligações úteis

Serge Rombi, euronews: “O que é, exatamente, o Dual Use?”

Francesco Cappello: “A tecnologia Dual Use é um conjunto de inovações desenvolvidas no setor militar que tem aplicações igualmente no setor e no mercado civil e vice-versa. Essas aplicações são nas áreas do transporte, da segurança, da realidade virtual ou ainda da saúde”.

Messina, na Sicília, acolhe uma das PME mais inovadoras de toda a Itália.

O fluido que fabrica é um nanomaterial inteligente. Quando submetido a um campo elétrico, passa do estado líquido a um estado quase sólido. Foram precisos seis anos para desenvolver esta tecnologia, orignalmente destinada a melhorar a eficácia dos amortecedores nos veículos militares.

“Inicialmente, a tecnologia foi desenvolvida num âmbito militar, mas depois, dadas as inúmeras aplicações que pode ter, apostámos nas aplicações civis, nomeadamente na reabilitação e no fitness”, explica Paolo Giorgianni, da Signomotus.

A ideia é visar estes dois novos setores e aplicar a tecnologia, por exemplo, no funcionamento de exoesqueletos como este. O potencial de negócios é muito: “São dois setores com uma taxa de crescimento muito grande. Esperamos entrar no mercado daqui a dois anos e, dentro de cinco anos, realizar um volume de negócios que seja vinte vezes o atual”, conta Sandro Scattareggia Marchese, diretor da empresa.

Para conseguir estes objetivos, a empresa precisa de financiamento. Conseguiu já 50,000 euros através dos instrumentos para as pequenas e médias empresas do programa europeu Horizonte 2020.

Serge Rombi: “Francesco, se Sandro quer levar esta ideia até ao fim, vai precisar de mais dois milhões de euros. Além do Horizonte 2020, há outras formas de financiamento europeu de que pode beneficiar?”

Francesco Cappello: “Com certeza. Há outros fundos europeus, como os fundos estruturais e o programa Cosme, que servem para ajudar as PME, como a Signomotus, a atingir o mercado mais facilmente.”

Dar um impulso ao Dual Use é uma das prioridades europeias. Várias organizações estão a acompanhar as empresas que pretendem atingir tanto o mercado civil como o militar.

Serge Rombi: “Francesco, para terminar, um dos meios para atingir o Dual Use é o acompanhamento pela Rede Europeia de Empresas, a sua rede…”

Francesco Cappello: “São seiscentos pontos de contacto em todo o mundo, nos cinco continentes. Serviços que trazem uma grande mais-valia, em conjunto com os fundos europeus. Proporcionam uma permuta de tecnologias, uma internacionalização e o acesso a novos mercados.”

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— Serge Rombi (@SergeRombi) March 9, 2017

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