Quem é "Carlos, o Chacal"?

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Ilich Ramírez Sánchez surge em tribunal sempre com ar de desafio, apesar da idade e dos anos de prisão.

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Ilich Ramírez Sánchez surge em tribunal sempre com ar de desafio, apesar da idade e dos anos de prisão. Aquele que o mundo conhece como Carlos – O Chacal, já compareceu diversas vezes perante a justiça francesa por vários atentados durante os anos 1970 e 1980.

Entre eles, o da rua Marbeuf, em Paris, em abril de 1982. A explosão de um carro armadilhado junto à sede do jornal El Watan Al Arabi matou uma pessoa e feriu 63. No mês anterior uma outra bomba, a bordo do comboio entre Paris e Toulouse, tinha tirado a vida a cinco pessoas e provocado ferimentos em mais 77.

No ano seguinte, a 31 de dezembro de 1983, a França voltou a ser sobressaltada por um duplo atentado. Uma explosão no TGV Marselha-Paris e outra na Gare de Saint Charles em Marselha fizeram um total de 5 mortos e 50 feridos.

Carlos nunca confessou nem negou nenhum destes crimes. O Chacal era, na sua época, segundo o seu biógrafo, John Follain, o Bin Laden dos anos 70 e 80.
“Penso que ele representa uma antiga era do terrorismo internacional, em que a causa principal, a causa popular era a Palestina, uma Palestina livre e, claro, o Marxismo. O terrorismo evoluiu tanto que hoje ele é uma voz solitária no deserto, uma voz fora de moda”, afirma.

Nascido em Caracas, na Venezuela, em 1949, Ilich Ramírez Sanchez, escolheu o nome de guerra de Carlos quando aderiu à Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) em 1973.

Em 1975 o aeroporto de Orly, em Paris, foi palco de dois ataques por roquetes, nos dias 12 e 19 de janeiro. Os alvos eram aviões da companhia israelita El AI. Os atentados fracassaram, mas a autoria foi atribuída ao Chacal.

Mas o ato que o tornou famoso e que o consagrou como ícone dos revolucionários árabes e dos ativistas da extrema-esquerda foi a tomada de reféns na sede da OPEP, em Viena, em 1975. No dia 21 de dezembro, Carlos com mais cinco cúmplices sequestraram 66 pessoas, entre as quais 11 ministros do Petróleo. 50 dos reféns foram libertados oito dias mais tarde; o comando terrorista exigiu viajar para a Argélia onde obteve asilo político e libertou os ministros. Nesta operação morreram três pessoas.

Mas tem sido em França que Carlos, o Chacal, tem acertado as contas com a justiça desde que foi detido no Sudão em 1994. Antes desta condenação já tinha sido condenado a mais duas penas de prisão perpétua pela justiça francesa.

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