O que terá Michael Flynn a confessar?

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Michael Flynn foi Conselheiro Nacional de Segurança no governo de Trump por menos de um mês.

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Michael Flynn foi Conselheiro Nacional de Segurança no governo de Trump por menos de um mês. Considerado como passível de chantagem por parte dos russos, “o antigo militar “depôs as armas” no dia 13 fevereiro de 2016”:http://www.nbcnews.com/news/us-news/justice-department-warned-administration-michael-flynn-could-be-blackmailed-official-n720476. E foi com uma carta que anunciou a demissão.

Face à tempestade mediática, o presidente foi obrigado a sacrificar o seu conselheiro para evitar pôr em causa a sua credibilidade enquanto garante da segurança nacional, mas não sem fustigar de novo os média: “Michael Flynn, o general Flynn, é um homem maravilhoso e penso que foi tratado muito muito injustamente pelos medias, como eu lhes chamo os falsos medias, em muitos casos”, afirmou.

O que fez cair Flynn foi uma conversa telefónica, a 29 de dezembro, com o embaixador russo nos Estados Unidos, Sergei Kislyak, sobre as sanções contra a Rússia na sequência das interferências na campanha eleitoral descobertas pelo FBI. Nesse mesmo dia Barack Obama – ainda presidente – tinha assinado a ordem de expulsão de 36 diplomatas russos em represália pelas interferências de Moscovo. Nesta conversa, registada pelo FBI, Flynn pedia a Kislyak que o seu governo não decretasse represálias para não perturbar as relações futuras entre os dois países.

Nessa altura o general Flynn não tinha ainda sido nomeado conselheiro. O pior é que escondeu ao vice-presidente a verdadeira natureza da conversa com o embaixador e Mike Pence defendeu-o publicamente nos medias. O mais grave é o que os russos poderiam utilisar o que Flynn disse para o chantagearem. O conselheiro vê-se encurralado tanto mais que as declarações estão gravadas.
O mais curioso é que Michel Flynn tinha afirmado na NBC no dia 25 de setembro, a propósito da imunidade: “Quando se dá a imunidade a alguém isto quer dizer que provavelmente cometeu um crime”.

Pedir a imunidade é, portanto, quase uma confissão. Que tipo de confissão? As investigações prosseguem. O exército abriu um inquérito para saber se Flynn recebeu dinheiro de Moscovo – o que é proíbido pela constituição americana aos antigos militares – quando em 2015 foi à Rússia para o 10° aniversário do canal de televisão, Rússia Today.

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