"Limpeza preventiva": Chechénia acusada de deter e torturar mais de 100 homossexuais

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Mais de uma centena de homossexuais terão sido detidos e torturados, alguns até à morte, pelas autoridades da república russa da Chechénia, no quadro de uma operação secreta lançada em…

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Mais de uma centena de homossexuais terão sido detidos e torturados, alguns até à morte, pelas autoridades da república russa da Chechénia, no quadro de uma operação secreta lançada em março.

Uma investigação do jornal russo Novaya Gazeta (NG), baseada em vários testemunhos, revela os contornos da vaga de repressão homofóbica que teria provocado pelo menos três mortos.

A operação, segundo o NG, classificada de “limpeza preventiva” e supostamente comandada pelo presidente do parlamento checheno, Madomed Daoudov, teria como objetivo evitar a organização de marchas do “orgulho gay” no território.

As informações foram rejeitadas como “uma mentira” pelo porta-voz de Ramzan Kadyrov, o presidente checheno. Segundo Alvi Karimov, “não se podem deter e perseguir pessoas que não existem nesta república”.

O jornal revela que mais de uma centena de pessoas encontrar-se-iam detidas em prisões secretas nos arredores de Grozny, obrigadas a denunciar outros homossexuais, sob tortura com choques elétricos ou violência física.

As revelações, confirmadas por várias ONGs locais, levaram o Conselho da Europa e o Departamento de Estado norte-americano a exigir a Moscovo que investigue a situação. As organizações Amnistia Internacional e Human Rights Watch exigiram igualmente a abertura de um inquérito às alegações.

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