A condenação de parte do mundo islâmico ao ataque militar dos EUA à Síria

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No Irão, os Estados Unidos são acusados de ter enlouquecido e pede-se a morte da América; no Iraque teme-se que o terrorismo saía a ganhar; no Egito, diz-se que foi tudo para defender os interesses no

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Uma parte do mundo islâmico condena o ataque, na madrugada desta sexta-feira, dos Estados Unidos contra uma base aérea militar síria.

No Irão, um dos principais aliados do Presidente Bashar al-Assad ao lado da Rússia, o Ayatollah Mohammad Emami Kashani aproveitou as orações de sexta-feira, em Teerão, para atacar Washington perante uma plateia que pedia a morte da América e da família real saudita.

“Devo dizer: a América enlouqueceu ao cometer estes crimes, estes ataques com mísseis contra a Síria. Ataques que também já haviam acontecido no passado e de forma continuada. Também enlouqueceu ao ter dado armas químicas aos terroristas”, acusou o líder religioso.

Nas ruas de Teerão, as opiniões não eram diferentes das do Ayatollah.

“O que se passou mostra que, como os Estados Unidos não são capazes de atacar países como o Irão ou a Coreia do Norte, optam por atacar um governo como o da Síria, que tem estado envolvido numa guerra há cinco anos. A América quer matar a Síria enquanto ela está fragilizada e oprimida. Foi realmente triste saber da ocorrência deste ataque”, disse Mojtaba Saghi, um habitante na capital iraniana.

Em Bagdade, o presidente da Comissão Parlamentar de Segurança e Defesa do Iraque, Hakim al-Zamili, receia que a ação militar conduzida pelos norte-americanos leve “à supremacia de um dos lados (do conflito) sobre o outro”. “Vai reforçar o terrorismo”, acrescentou ainda este alegado apoiante de Muqtada al-Sadr, um opositor do atual governo iraquiano.

No Egito, por fim, a euronews percorreu algumas ruas no Cairo para recolher outras reações a esta primeira ação militar de Donald Trump, ele que chegou à Presidência dos Estados Unidos sem qualquer experiência política ou militar.

“O objetivo dos americanos é apenas ocupar e controlar as riquezas da Síria para explorar o povo e os partidos políticos sírios em prol dos interesses americanos”, disse um transeunte.

Outro, considerou que “os Estados Unidos, com este ataque de mísseis, pretendem apenas reforçar os interesses na região”. “Não é de todo para servir e ajudar o povo sírio. Tudo isto aconteceu pela insatisfação dos países do ocidente e da América perante Bashar al-Assad”, acrescentou.

O correspondente da euronews no Egito, Mohammed Shaikibrahim, resume que o mais se ouve nas ruas árabes do Cairo é que “a nova política da Administração Trump tem por objetivo a fragmentação da Síria em áreas de influência partilhadas pelas superpotências sob o pretexto da proteção e salvamento de civis.”

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