Mais ameaças que argumentos no último dia da campanha para o referendo turco

Mais ameaças que argumentos no último dia da campanha para o referendo turco
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SIM à estabilidade ou NÃO à autocracia – governo e oposição turcos recorrem aos últimos argumentos antes do referendo deste domingo à expansão dos poderes do…

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SIM à estabilidade ou NÃO à autocracia – governo e oposição turcos recorrem aos últimos argumentos antes do referendo deste domingo à expansão dos poderes do presidente.

Se a oposição decidiu cancelar todos os atos oficiais de campanha, este sábado, para evitar provocações, já o governo realizou nove comícios, quando as sondagens apontam para um empate entre os campos do SIM e do NÃO.

O presidente Tayyip Erdogan aumentou a pressão sobre os opositores, depois de ter considerado como “terroristas” os partidários do NÃO.

Numa reta final da campanha marcada mais por ameaças do que por argumentos, Erdogan voltou a agitar a possibilidade de rever as relações com a União Europeia:

“Eles perderam a reputação e credibilidade. Nós não defendemos a democracia, os direitos humanos e as liberdades porque eles nos obrigam, mas porque os nossos cidadãos merecem-no. Eles afastam-se da democracia à medida que nós nos aproximamos dela”.

No campo adversário, centenas de pessoas formaram uma corrente humana em Istambul para defender o NÃO ao referendo. O partido Republicano do Povo, na oposição, tinha ontem alertado para a possibilidade de uma nova purga em caso de vitória do SIM.

Uma manifestante explica:
“Tenho dois filhos, estou aqui pelos meus filhos e por uma Turquia com os mesmos valores do tempo em que nasci, onde os meus filhos podem continuar a pensar livremente e onde jornalistas e professores não são colocados na prisão”.

Em jogo no referendo está a passagem de um regime parlamentar a um sistema presidencialista, com um Erdogan mais poderoso que nunca.

Uma ambição que contrasta com a purga lançada pelo governo após o golpe falhado de julho, mas, e mais importante ainda, com um crescimento económico em queda marcado por uma subida do desemprego e a queda do valor da moeda nacional.

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