O homem estava no território insuilar reclamado por Pequim desde a semana passada, mas após reunião com os serviços de imigração preferiu não contribuir para o agravar da tensão entre os governos.
O governo de Taiwan anunciou esta quarta-feira o regresso voluntário à China de um dissidente chinês que havia pedido asilo político neste arquipélago reclamado por Pequim.
Oriundo da província chinesa de Shandong, o homem é descrito como um ativista de direitos civis e já teria estado preso na China. Após falar com responsáveis de imigração locais, Zhang Xiangzhong, de 48 anos, terá recuado.
Em comunicado, as autoridades de Taiwan explicaram que o compromisso existente entre Taipé e Pequim não admite a concessão de asilo político, embora refugiados políticos possam ter direito a residência de longa duração em certos casos.
O Concelho para as Relações com o Continente acrescenta que as autoridades implicadas concluíram que Zhang Xiangzhong não era eligível para a rediência de longa duração e o cidadão chinês teria decidido de livre vontade que a melhor solução seria regressar à China para evitar agravar as tensões entre Pequim e Taipé.
Zhang Xiangzhong embarcou no aeroporto de Taipei, rumo à China, esta quarta-feira de manhã.
Taiwan denies political asylum request from Chinese tourist https://t.co/GoU0RLnG2Zpic.twitter.com/246rQ3Th87
— Hong Kong Free Press (@HongKongFP) 19 de abril de 2017
A região insular denominada oficialmente República da China e conhecida como Taiwan é administrada de forma autónoma há mais de sessenta anos por um governo semipresidencialista, tem mais de 20 milhões de habitantes e tornou-se numa potência comercial no setor da indústria tecnológica.
O problema é que o território está implicado numa controvérsia com a República Popular da China, a China continental, que reclama a soberania sobre Taiwan ao abrigo da política de uma só China.