Benoit Hamon: O candidato do PS traído pelos socialistas

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Se surpresas houve nesta campanha, Benoit Hamon foi o grande protagonista.

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Se surpresas houve nesta campanha, Benoit Hamon foi o grande protagonista. Primeiro, ao ganhar as primárias do Partido Socialista; depois, ao perder os apoios uns atrás dos outros.

Nas primárias bateu o favorito, o ex-primeiro-ministro, Manuel Valls que, em troca, lhe retirou o apoio.

Crítico acérrimo das políticas de austeridade, Hamon apresentou projetos radicais de reformas sociais, com a introdução do chamado rendimento universal e a redução da semana de trabalho. O socialista defende também a legalização do cannabis, a procriação assistida para mulheres solteiras e casais homossexuais, assim como a eutanásia.

Deputado na assembleia nacional entre 2004 e 2009, Hamon entrou no governo em 2012 como ministro delegado para a Economia Solidária, antes de assumir a pasta da Educação em 2014. O cargo durou pouco tempo. As suas críticas públicas à política de economia de mercado de Hollande e a oposição à reforma da lei laboral – que sobressaltou toda a esquerda -, levaram-no a resignar em agosto de 2014.

Quando, em janeiro, entrou na campanha para a a eleição presidencial, Hamon planava sobre um Partido Socialista extremamente dividido pelos cinco anos do mandato impopular de François Hollande. Para além disso, a multiplicação das alternativas à esquerda, como o dissidente socialista Jean-Luc Mélenchon, não lhe facilitaram a tarefa. Mas a estocada final acabou por vir das próprias fileiras socialistas.
Depois de Manuel Valls, vários membros do governo de Hollande preferiram apoiar o candidato centrista, Emmanuel Macron, a seguir a linha das propostas radicais do candidato escolhido nas primárias do PS.

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