Cem dias de mandato: Milhões de americanos ainda não digeriram a eleição de Donald Trump

Cem dias de mandato: Milhões de americanos ainda não digeriram a eleição de Donald Trump
De  Euronews
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Oscar nasceu no dia da tomada de posse de Donald Trump e não parece nada obcecado com o centésimo dia em funções do presidente.

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Oscar nasceu no dia da tomada de posse de Donald Trump e não parece nada obcecado com o centésimo dia em funções do presidente. Mas muitos dos cidadãos da capital americana – que votou a 90% em Hillary Clinton – ainda não digeriram a presidência Trump.

Alguns até sofreram de stress emocional, como explica o psicoterapêuta, David Sterberg, que viu crescer o número de pacientes no seu gabinete nos últimos três meses: “Vimos um grande número de pacientes com ansiedade, raiva e alguma depressão. Eu diria que a primeira coisa, a principal causa, por assim dizer, tem sido uma perda de confiança – confiança na administração. Há uma grande diferença entre o que eles dizem e o que estão a fazer. Há uma sensação de que tudo pode acontecer, uma imprevisibilidade. As pessoas não sabem o que ele pode fazer, o que ele é capaz de fazer”.

Nas proximidades do Capitólio, em Washington, muitos residentes exprimem a cólera em silêncio. São mensagens subtis daquilo em que acreditam ser os valores americanos, que o novo presidente não representa: a tolerância, generosidade, e a aceitação da diversidade cultural”.

Este é um sentimento partilhado também por muitos artistas. Muitos acreditam que Trump está a mudar o país para pior. A galeria “O on H” exibe uma coleção de fotografias de fotógrafos profissionais e amadores que captam a ansiedade de muitos americanos na era Trump.

Porque gera desconforto social, Trump estimula a criatividade artística, diz Phil Hutinet, jornalista da revista local de arte “East City Art”, que participou na organização da exposição sobre os receios da era Trump:
“Há muito receio. Trump disse que ia deixar de financiar o National Endowment for the Arts, o que é muito importante para muitas organizações artísticas. Penso que esta tendência vai continuar para reagir a muitas coisas que ele vai fazer. Acho que vai haver, por exemplo, muito mais arte satírica. Vai haver muita criação artística em reação a Trump”.

Mas os apoiantes do presidente mantém-se sólidos. De acordo com as sondagens, cerca de 96% dos americanos que o elegerem votaria de novo nele, apesar do caos dos primeiros cem dias.

O repórter político do Washington Post, Callum Borchers, faz a seguinte leitura da situação: “Os seus eleitores apoiam-no. Mas eu acho que isto quer dizer que gostam do seu estilo espadachim. Gostam da ideia de ter pela primeira vez na Casa Branca um político de fora da política. Essa é a marca dele. A menos que ele perca essa caraterísitca, nada do que faça politicamente vai dececionar as bases”.

O repórter da Euronews em Washington, Stefan Grobe, comenta: “Sob a presidência de Donald Trump, a América tornou-se profundamente polarizada. Ainda que o presidente tenha dito que queria unir o país e não dividi-lo, nos seus primeiros cem dias não conseguiu fazê-lo. Mas ainda faltam, pelo menos, 1360 dias. ”

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