Morreu o famoso alpinista suíço Ueli Steck (1976-2017, 40 anos)

Morreu o famoso alpinista suíço Ueli Steck (1976-2017, 40 anos)
De  Francisco Marques
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"A máquina suíça", como era conhecido, estava a preparar-se para subir os 8848 metros de altitude do Evereste, por uma das rotas mais perigosas, e terá caído durante uma sessão de aclimatização.

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Morreu o famoso alpinista Ueli Steck. O aventureiro suíço, de 40 anos, estava a a preparar-se para voltar a subir os 8848 metros de altitude do Evereste, mas desta vez por uma perigosa rota na encosta ocidental da montanha mais alta do mundo.

Este domingo, durante uma sessão de aclimatização à montanha, Steck terá ido sozinho tentar escalar o monte Nuptse e terá caído. O corpo foi recuperado a cerca de 6000 metros de altitude, por um grupo de socorristas de alta montanha.

O cadáver terá ficado em muito mau estado pela queda, informou uma fonte, citada pela agência Efe. O corpo de Steck foi transportado para um hospital de Katmandú, onde será autopsiado antes de ser entregue à família.

‘Swiss Machine’ UeliSteck</a> killed in Mt <a href="https://twitter.com/hashtag/Everest?src=hash">#Everest</a> accident. <a href="https://t.co/7oQH7uvC9S">https://t.co/7oQH7uvC9S</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Everest2017?src=hash">#Everest2017</a> <a href="https://t.co/JkrMqXeej9">pic.twitter.com/JkrMqXeej9</a></p>— Everest Today (EverestToday) 30 de abril de 2017

Conhecido como “a máquina suíça”, Ueli Steck é famoso pelas aventuras a solo e recordes de velocidade em escalada. Há dois anos, em apenas 62 dias, escalou os 82 picos situados a mais de 4000 metros de altitude nos Alpes.

Agora, Steck estava a preparar-se para repetir a escalada efetuada em 2012 dos quase nove mil metros de altitude do Evereste, sem recurso a oxigénio.

Só que, ao contrário de há cinco anos, em que subiu pela rota normal na encosta sudeste, desta vez o suíço pretendia subir pela encosta ocidental conhecida como “corredor Hornbein”, em homenagem ao alpinista norte-americano que o escalou com sucesso em 1963, na companhia de Willi Unsoeld.

Esta é um trajeto com muito mais mortes do que subidas com êxito no cadastro. Aliás, apenas Hornbein e Unsoeld a puderam celebrar. O projeto de Steck era repetir a subida, mas não só.

O suíço pretendia, na companhia de Tenzing Sherpa, completar pela primeira vez na história a travessia do pico do Evereste para o do monte Lhotse, o quinto mais alto do mundo (8516m), num percurso sempre acima dos 8000 metros de altitude.

Ueli Steck assumiu à aventura uma taxa de êxito de 50 por cento. Não chegou a iniciá-la. Numa sessão de aclimatização a solo — Tenzing Sherpa estaria ainda a recuperar de um problema físico causado pelo frio —, presume-se que o suíço tenha escorregado no gelo que cobre as escarpas da montanha a grande altitude e terá caído.

A última publicação de Steck no Facebook ficou registada a 26 de abril.

Na descrição do jornal Himalayan Times, lê-se que a equipa de socorristas terá tido de recolher partes do corpo de Steck que estariam espalhadas na alegada zona da queda.

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