A demissão adiada do primeiro-ministro Bohuslav Sobotka aprofunda a crise política na República Checa.
A demissão adiada do primeiro-ministro Bohuslav Sobotka aprofunda a crise política na República Checa.
O chefe de governo anunciou que só pretende abandonar o cargo dentro de quinze dias, o tempo de tentar formar um novo executivo.
O anúncio foi feito esta quinta-feira, dia em que o social-democrata deveria apresentar a demissão ao presidente e rival político, Milos Zeman.
Em causa estão as acusações que visam o atual ministro das Finanças, suspeito de fraude fiscal, mas que recusa demitir-se.
Sobotka quer assegurar-se que o ministro não permanecerá no cargo, sobretudo depois do presidente ter sugerido que o executivo deverá manter a atual composição.
A tradição prevê, no entanto, a dissolução do governo em caso de abandono do primeiro-ministro.
O responsável da pasta das Finanças e segundo maior milionário do país, Andrej Babis, é suspeito de fraude fiscal e desvio de fundos europeus para uma das suas múltiplias empresas.
Amigo do presidente Zaman e um dos políticos mais populares do país, Babis rejeita as acusações.
O braço-de-ferro entre primeiro-ministro e presidente ocorre a meses das próximas legislativas de outubro, quando os três partidos da coligação do executivo rejeitam a convocação de eleições antecipadas.