Erdogan e Trump na Casa Branca

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De  Antonio Oliveira E Silva com REUTERS, LUSA
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Ambos líderes debateram o conflito na Síria, o papel do autoproclamado Estado Islâmico e as possibilidades de cooperação no terreno

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Com agências

O presidente da Turquia, *Recep Tayyip Erdoğan, encontrou-se com o seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.

Os líderes dos dois países discutiram a situação na Síria e os interesses regionais que afetam a instabilidade na região, assim como as possibilidades de cooperação no terreno.

Tanto a Turquia como os Estados Unidos são membros da NATO/OTAN e participam, em conjunto, em missões coordenadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte.

No entanto, as relações entre Ancara e Washington têm vindo a sofrer altos e baixos, nomeadamente por causa das posições dos dois países no teatro de operações sírio-iraquiano.

A Turquia considera os militantes curdos da Unidades de Proteção Popular (YPG, sigla em língua curda) um grupo terrorista, que poderia desestabilizar a Turquia, que conta com uma importante minoria curda, desejosa de fundar o seu próprio Estado.

Por isso, a recente decisão da parte de Washington em fornecer armamento pesado às milícias YPG para a ofensiva contra Raqa, capital de facto dos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico ou Daesh (sigla em língua árabe), não foi do agrado dos turcos.

Nas declarações aos jornalistas, depois do encontro, o presidente Donald Trump preferiu, no entanto, evitar o tema do financiamento das milícias curdas do YPG e recordar antes a determinação de Washington em apoiar a Turquia na luta contra o terrorismo na região.

“Enfrentamos, nos nossos dias, um novo inimigo na luta contra o terrorismo. E vamos procurar enfrentar esta ameaça juntos. Oferecemos o nosso apoio à nação turca,” disse Trump.

“Apoiamos a Turquia na luta contra o terror e contra grupos como o Estado Islâmico e o PKK. E queremos garantir que não haverá lugar seguro para estes grupos”, concluiu o presidente dos Estados Unidos.

O presidente turco, por seu lado, insistiu, também, nas vantagens da cooperação entre Estados Unidos e Turquia:

“Esta estreita cooperação, que os nossos países demonstram querer manter, especialmente no que diz respeito a esta região afetada por tanta instabilidade, vai ser benéfica para o mundo todo”, disse Erdogan.

“E vai ser importante para ajudar-nos a consolidar um clima de solidariedade e de cooperação na luta contra o terromismo. Contra o Daesh e contra outros grupos terroristas na região”, continuou.

Durante o encontro, o presidente Erdogan apelou ainda à extradição do clérigo opositor Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos desde 1999 e acusado por Ancara de ter orquestrado o golpe de Estado miliatar frustrado no ano passado.

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