Milhares de pessoas protestaram, este domingo, em Budapeste contra o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, e defenderam a permanência do país na União Europeia.
Anti-government protest in Budapest, for CEU, for NGOs. We won’t give our future! #istandwithCEU#ilovecivil#Budapest#Hungary#protestpic.twitter.com/Z4pTe8NXeb
— Emese Szilágyi (@emese_szilagyi) May 21, 2017
Os manifestantes exigem a proteção da liberdade de imprensa e das organizações não-governamentais e estão contra o encerramento da Universidade da Europa Central, financiada pelo magnata George Soros.
Um manifestante cinta que: “tivemos 40 anos de comunismo e foi o suficiente. Gostaríamos que o futuro… Não entendo por que é que eles nos querem fazer regressar ao passado. Nós olhamos para o futuro. Estamos aqui porque as pessoas não sentem que são capazes de fazer alguma coisa, por si só, mas agora somos muitos.”
“Penso que devemos vir a todas estas manifestações. Não importa quantos somos. Felizmente, o nosso número está a crescer e vamos ser ainda mais. Se as pessoas virem que podemos levantar as nossas vozes, então, pode haver alguma mudança”, assegura a poetisa Orsolya Karafiáth
Viktor Órban tem sido alvo de Críticas por parte das instituições europeias que acreditam, estar perante uma “grave deterioração do Estado direito, da democracia e dos direitos fundamentais” na Hungria.
O correspondente da euronews em Budapeste, Gábor Kiss, conta que “nas últimas semanas, o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia enviaram mais advertências ao Governo húngaro por violar os valores fundadores da União. A mensagem dos manifestantes para o primeiro-ministro é a seguinte: a Universidade da Europa Central deve permanecer na Hungria e a Hungria deve permanecer na União Europeia.”