Impedidos de desembarcar na região da Sicília por causa das medidas de segurança relacionadas com a cimeira do G7, cerca de 1500 migrantes pisaram este domingo em terra firme. Chegaram ao porto de Nápoles a bordo de uma embarcação da Organização Não Governamental Médicos sem Fronteiras depois de serem resgatados em várias operações.
No encontro de sábado, na estância balnear de Taormina, a declaração sobre as crises migratórias e os refugiados foi outro ponto de fricção entre os Estados Unidos e os restantes países do G7.
A ONG britânica Oxfam não deixou passar esta matéria em claro.
“A migração é um tema verdadeiramente importante porque nos encontramos numa situação em que 65 milhões de pessoas estão deslocadas ou são refugiados. Trata-se do maior número desde a Segunda Guerra Mundial. Temos uma grande responsabilidade em relação a estas pessoas. São uma nação inteira. De certa forma uma nação oculta. O que vamos mostrar e o que tem sido provado é que a segurança, por si só, não pode ser a abordagem. Precisamos de contemplar perspetivas de longo prazo”, disse Roberto Barbieri, da Oxfam.
Através da caricatura, a Oxfam denunciou uma dura realidade, agravada por um sem fim de números negros. Segundo os últimos dados da Organização Internacional de Migrações (OIM), entre 1 de janeiro e 24 de maio mais de 60 mil migrantes e refugiados conseguiram chegar à Europa. 80% tentou a sorte na arriscada travessia entre a Líbia e Itália.