Acordos de Paris: China e UE prontas a prosseguir sem Trump

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A União Europeia não poupou críticas à eventual decisão de Trump de retirar-se do acordo de Paris. Uma decisão impossível, no imediato e que só seria provável, à luz do texto do acordo, após um processo de negociações de entre dois a três anos após a entrada em vigor do texto no ano passado, segundo o presidente da Comissão Europeia.

“Eu sou um transaltantista – pode não querer dizer nada mas quer dizer tudo – mas estou contra que nos comportemos como vassalos da América. Se nas próximas horas ou dias o presidente norte-americano vai dizer que se retira do acordo de Paris, então a Europa tem o dever de dizer que, “isto não é correto’, afirmou Juncker durante uma conferência em Berlim.

A União Europeia afirma estar pronta a assumir a liderança do combate ao aquecimento global, mesmo sem os Estados Unidos, mas com a China que deverá renovar o seu compromisso com o acordo de Paris, em Bruxelas, durante uma cimeira bilateral na sexta-feira.

A organização ecologista Greenpeace relativiza também a oposição de Trump:

“Eu penso que é um golpe duro para os cidadãos, organizações e empresas que estão profundamente preocupados com as mudanças climáticas, em especial aqueles que vivem nos Estados Unidos. No entant o, tenho que dizer que não é o fim do mundo. Hoje assistimos a uma transição para uma energia mais limpa e renovável e isto é real e está a acontecer e é algo que Trump pode desacelerar mas sem parar este movimento”, afirma Faiza Oulahsen.

A retirada de Washington do acordo inquieta igualmente as organizações ecologistas norte-americanas que falam de “um erro histórico” que tornaria os Estados Unidos “no maior vilão ambiental”. A eventual saída dos EUA colocaria o país no mesmo grupo da Síria e da Nicarágua, as únicas nações do mundo a não assinarem o entendimento.

Se os defensores das metas de redução de emissões poluentes temem uma deserção de outros países, já uma sondagem recente Reuters/IPSOS indica um possível “degelo” no apoio a Trump, quando 50% dos republicanos querem que os EUA liderem o combate contra o aquecimento global.

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