Durante cinco dias, em Nova Iorque, a ONU acolhe dirigentes do mundo inteiro, na primeira conferência sobre o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos.
A ocasião para António Guterres pedir medidas concretas aos membros das Nações Unidas e lembrar :
“A menos que superemos os interesses territoriais e de recursos que bloquearam o progresso por muito tempo, o estado dos nossos oceanos continuará a deteriorar-se. Devemos pôr de lado ganhos nacionais de curto prazo para evitarmos uma catástrofe global a longo prazo. Conservar os nossos oceanos e usá-los de forma sustentável, é preservar nossa própria vida.”
Os problemas que afetam os oceanos estão mais do que identificados – branqueamento dos corais, poluição por matérias plásticas, pesca excessiva, subida do nível das águas pelo aquecimento climático -; os dirigentes procuram ao longo da semana encontrar compromissos para uma estratégia comum. Entre as intenções à partida está a proteção de, pelo menos 10% dos ecossistemas costeiros ao horizonte de 2020, a redução da poluição dos oceanos e o reforço dos meios de luta contra a pesca ilegal e não regulamentada.
Mas, a conferência que visa definir uma estratégia para inverter o declínio dos oceanos, está a ser ensombrada pela decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do acordo de Paris sobre o clima.