Mala feita, passaporte biométrico na mão.
A partir deste Domingo, é só disso que os ucranianos precisam para viajar na União Europeia: a abolição de vistos, aprovada em Abril, torna-se agora efectiva.
Irina Levko, ucraniana de Kiev tem um filho, Stepan, com necessidades especiais. As frequentes viagens além-fronteiras são sempre consultas médicas.
É a primeira vez que não espera semanas por documentos, nem passa horas em embaixadas: “Antes tinhamos de preparar tantos documentos para ter um visto: declaração de rendimentos, certificados de emprego… e agora não há obstáculos! Se precisarmos de ir, podemos fazer as malas e ir”, diz.
Today, we bring down a barrier between the people of #Ukraine and the people of the EU. No more visa for short trips between our countries. pic.twitter.com/hVuF7vjK04
— European Commission (@EU_Commission) June 11, 2017
Anos de negociações com a União Europeia, dependentes de reformas em Kiev, dão agora acesso a estadias de 90 a 180 dias noutros países da União Europeia para negócios, turismo ou fins familiares, sem necessidade de obtenção prévia de vistos. Irlanda e Reino Unido são países excluídos desta possibilidade.
Oleh Slobodyan, porta-voz da Guarda fronteiriça ucraniana, declara: “Esperamos um acréscimo de cerca de 30% no tráfego de passageiros. A análise é feita a partir do número de passaportes biométricos pedidos por ucranianos até agora. São cerca de 4 milhões de passaportes.”
O aeroporto de Kiev este domingo parecia confirmar as previsões de que não se vão verificar movimentos anómalos no número de ucranianos a entrar noutros países da União Europeia, apenas uma maior fluidez na mobilidade sem entraves.
Trabalhar ou residir nos países europeus para que viajam continua a ser proibido sem documentação e trâmites acrescidos e, nos primeiros tempos, pode ser pedido aos viajantes ucranianos que apresentem bilhete de regresso ou poupanças usadas para a viagem.