Grenfell: Uma torre inflamável?

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Poupança de cinco mil libras na fachada do edifício poderá ter contribuído para a tragédia.

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A investigação ao incêndio na torre Grenfell de Londres vai debruçar-se sobre a responsabilidade dos materiais de revestimento do edifício na propagação rápida e imparável das chamas.

Segundo a imprensa britânica, os responsáveis da renovação da torre em 2015 teriam utilizado placas de um compósito de alumínio com um núcleo de plástico, optando pela versão mais barata e mais inflamável.

Uma poupança de cinco mil libras, quando a empresa responsável pela fachada teria rejeitado a versão anti-chamas, mais cara, com um preço adicional de mais três euros por metro quadrado.

Uma equipa da televisão britânica testou a resistência do mesmo material utilizado na torre, inflamável quando aquecido a 700 graus centígrados. No interior da torre as temperaturas superaram os mil graus.

Segundo o engenheiro Alastair Monk:

“Exposto a este nível de calor vemos como se começam a separar as diversas camadas e o revestimento começa a arder, e obviamente parece difícil escapar a este facto”.

O edifício contava com um sistema de compartimentação de incêndios que não conseguiu conter as chamas que galgaram o prédio ao longo da fachada, entrando no interior dos apartamento através de janelas abertas.

Para Bart Kavanagh, especialista em regulamentação de edifícios:

“Esta situação mostra essencialmente que necessitamos de regras que precisam de ser respeitadas para evitar riscos e se não são respeitadas, se as salvaguardas relacionadas com o revestimento exterior não são postas em prática, então sim, há um risco de que o revestimento possa ter contribuído para a propagação do fogo”.

O material utilizado na renovação, fabricado nos Estados Unidos, encontra-se atualmente banido no país, na construção de edifícios mais altos, precisamente devido aos riscos de propagação de fogo e fumo.

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