Venezuela: Almagro responde a Maduro

Venezuela: Almagro responde a Maduro
De  Nelson Pereira
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O secretário-geral da Organização de Estados Americanos diz que só deixará o cargo se forem convocadas eleições livres na Venezuela

PUBLICIDADE

O secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, afirmou no sábado que só deixará o cargo se forem convocadas eleições livres na Venezuela.

Almagro respondia ao Presidente venezuelano Nicolás Maduro, que na quinta-feira disse que suspenderia o processo de saída da Organização de Estados Americanos se o secretário-geral renunciasse ao cargo.

“Só renunciarei ao meu cargo em troca da liberdade da Venezuela, porque só renunciaremos quando tivermos nas nossas mãos a liberdade da Venezuela”, disse Almagro numa mensagem gravada em vídeo:

“Recebi publicamente uma proposta para negociar a minha demissão em troca do regresso da Venezuela à Organização dos Estados Americanos. Esta é a minha resposta: renunciarei quando forem realizadas eleições nacionais livres, justas e transparentes, sem impedimentos e sob observação internacional, quando todos os prisioneiros políticos identificados pelo Fórum Penal Venezuelano forem libertados “

Durante um conferência de imprensa no palácio presidencial, Nicolás Maduro disse que Almagro deveria renunciar à Organização de Estados Americanos para que os países membros se ocupem de reformar a organização.

Enquanto prosseguem em Caracas os violentos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, os ministros dos Negócios Estrangeiros presentes na 47ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos, iniciada na segunda-feira em Cancún, no México, não conseguiram chegar a um acordo sobre uma resolução crítica ao governo da Venezuela. 20 de 33 nações votaram a favor de uma proposta de resolução que não só exortaba Caracas a libertar os presos políticos e a abrir um canal humanitário, mas também reclamava o retrocesso do processo de alteração da Constituição pelo qual Maduro espera reforçar o seu poder. Esta proposta não foi porém aprovada porque carecia de 23 votos afirmativos.

Questionado pela agência EFE em Montevidéu sobre as posições do secretário-geral da OEA, Luis Almagro, sobre a Venezuela, o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, disse que o diplomata uruguaio “perdeu a objetividade”.

O Fórum Penal Venezuelano, uma organização especializada em direitos humanos, contabiliza mais de 3.280 prisões arbitrárias durante estes três meses de protestos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Leopoldo López diz ser vítima de tortura na prisão

Venezuela: Manifestante morto pela polícia

Espanha: milhares deitam-se no chão em memória dos palestinianos mortos em Gaza