O juiz Sérgio Mor ocondenou Palocci pelos crimes de corrupção passiva e, ainda, pelo crime de branqueamento de capitais.
PUBLICIDADEO antigo ministro brasileiro, António Palocci, foi condenado, esta segunda-feira (26 de junho), a mais 12 anos de prisão por envolvimento em esquemas de corrupção, no Brasil, no âmbito da Operação Lava Jato.
Palocci assumiu a pasta das Finanças, durante o Governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumindo depois a Casa Civil na gestão da antiga presidente, também do Partido dos Trabalhadores, de Dilma Rousseff.
Moro condena Palocci a 12 anos e 2 meses por corrupção e lavagem de dinheiro. https://t.co/vddklndCHOpic.twitter.com/jLWeqKZGRo
— Jornal O Globo (@JornalOGlobo) June 26, 2017
O juiz Sérgio Moro, que tutela os casos de corrupção da Petrobras em primeira instância, condenou Palocci pelos crimes de corrupção passiva, por ter participado de fraudes em contratos da construtora Odebrecht com a petrolífera estatal, na construção de 21 sondas, e, ainda pelo crime de branqueamento de capitais.
O magistrado concluiu que o antigo governante movimentou mais de 10 milhões de dólares de empresas, com sede em paraísos fiscais, abastecidas com dinheiros de subornos pagos pela construtora, usados para custear campanhas eleitorais do PT.
Moro proibiu, ainda, o ex-ministro de exercer cargo ou função pública e de dirigir empresas do setor financeiro por 24 anos.
Palocci foi preso na fase 35 da Operação Lava Jato, no dia 26 de setembro de 2016.
A defesa reclama a inocência de António Palocci e afirmou que vai recorrer da sentença.
Segundo os media brasileiros, o advogado Alessandro Silvério estará a negociar um acordo de delação premiadas em que deve denunciar banqueiros e empresários do Brasil
Lava Jato estuda como preservar bancos do impacto da delação de Palocci. https://t.co/29kXGHUt20pic.twitter.com/GR8jYLdli1
— Folha de S.Paulo (@folha) June 26, 2017
Na mesma sentença, foram ainda condenados o empresário Marcelo Odebrecht, os empresários da área do marketing Mónica Moura e João Santana e ainda nove outros réus, arrolados no processo.