Ondas de calor vão aumentar cinco vezes em cem anos

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De  Euronews
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Conclusão consta de um estudo da Universidade de Aveiro, publicado na semana passada no International Journal of Climatology.

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Um estudo realizado por investigadores do Departamento de Física da Universidade de Aveiro (UA) e do laboratório associado Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) juntamente com parceiros europeus conclui, de maneira preocupante, que no final do século XXI haverá cinco vezes mais ondas de calor na Península Ibérica como a que se verificou durante o incêndio de Pedrógão Grande.

Os resultados da investigação foram divulgados esta quinta-feira e publicados na revista “International Journal of Climatology”, na semana passada. O estudo analisa as alterações nas ondas de calor e as suas características para 12 locais na Península Ibérica, incluindo Lisboa, Porto, Bragança e Beja, num cenário em que as emissões de gases com efeito de estufa continuarão a aumentar ao ritmo atual.

Susana Pereira, uma das investigadoras, antecipa episódios mais recorrentes: “Aquilo que se pode esperar é que vamos assistir a um agravamento das temperaturas extremas. Estamos a falar do aumento da frequência de eventos relacionados com essas temperaturas, que é o caso das ondas de calor.”

Os autores do estudo consideram que o Acordo de Paris será “muito difícil” de concretizar, mas enfatizam que é preciso por em prática ações de combate para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e assim minimizar o aquecimento global, como explica Susana Pereira: “Acho que já seria muito bom se houvesse um compromisso de redução sistemática nas emissões de dióxido de carbono em conjunto com o aumento do uso de energias limpas. Se este esforço fosse mantido e cumprido depois conseguiríamos, lentamente, comprometer-nos com uma mudança em todas as outras áreas.”

Cientistas europeus dizem que as ondas de calor de junho que se verificaram na Europa Ocidental e no Reino Unido foram mais intensas por causa das alterações climáticas.

Em Portugal os fogos provocaram dezenas de mortes e em França, Suíça e Holanda acionaram-se planos contra a vaga de calor.

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