Migrações: Amnistia Internacional critica políticas da UE no Mediterrâneo

Migrações: Amnistia Internacional critica políticas da UE no Mediterrâneo
De  Rodrigo Barbosa
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A Amnistia Internacional responsabiliza a União Europeia pelo "número crescente de mortes" no Mediterrâneo.

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A Amnistia Internacional responsabiliza a União Europeia pela situação precária dos refugiados nos centros de detenção da Líbia e pelo “número crescente de mortes” de migrantes no Mediterrâneo.

Num relatório com um título sugestivo (“A Tempestade Perfeita: o Fracasso das Políticas Europeia no Mediterrâneo Central”), a ONG destaca os números da Organização Internacional para as Migrações, segundo a qual mais de dois mil migrantes perderam a vida no mar entre o Norte de África e a Europa na primeira metade de 2017. Um balanço que ultrapassará rapidamente o número de mortes registadas na totalidade do ano de 2015.

Segundo a Amnistia Internacional, Bruxelas transfere responsabilidades para as autoridades líbias, sem qualquer garantia sobre o destino dos migrantes. A diretora do gabinete da ONG para a União Europeia, Iverna McGowan, diz que “a situação atual com a guarda-costeira líbia é absolutamente ultrajante. É uma desconsideração que a UE permita certas operações de resgate inadequadas, confiando as vidas de pessoas. Vimos que a guarda-costeira líbia faz um uso inadequado de armas de fogo e não está bem treinada. E o pior é que sabemos que aquelas que são desembarcadas na Líbia, voltam para centros de detenção ilegais, onde enfrentam tortura, violações e outros abusos impensáveis”.

A ONG afirma que se, na segunda metade de 2017, “não forem tomadas medidas urgentes”, reequacionando nomeadamente a colaboração com Tripoli, este ano “ameaça tornar-se no mais mortífero daquela que é a rota de migração mais mortal do mundo”.

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