Bruxelas pede clarificações sobre a fatura do "Brexit" e os direitos dos trabalhadores após segunda ronda negocial.
A União Europeia quer que o Reino Unido aclare o valor da fatura do “Brexit” quando evoca “divergências fundamentais” ao final da segunda ronda de negociações em Bruxelas.
O negociador da UE pediu a Londres que forneça mais detalhes sobre como pretende garantir os direitos dos cidadãos europeus no Reino Unido e dos britânicos residentes na União Europeia após a saída do bloco comunitário.
Segundo o francês Michel Barnier:
“Há uma divergência fundamental que se mantém sobre a forma de garantir estes direitos e sobre outros pontos como os direitos dos futuros membros da família ou a exportação de certos benefícios sociais. Francamente, do nosso lado não vemos outra forma de garantir a perenidade destes direitos europeus e qualquer referência aos direitos europeus implica o seu controlo por parte do Tribunal de Justiça da UE”.
Londres por seu lado, rejeita reconhecer a mais alta instância jurídica europeia após a saída definitiva da UE.
Para o Secretário de Estado britânico responsável pelo “Brexit”, David Davis:
“Nós conduzimos esta nova ronda de forma construtiva e a bom ritmo, espero que este modelo permita que continuemos a avançar. Michel, o relógio não pára”. “Vim aqui dizer que é importante fazer avanços, identificar as divergências, para poder lidar com elas e encontrar pontos comuns para poder avançar”.
A terceira ronda das negociações inicia-se a 28 de Agosto, com outros temas quentes em cima da mesa, como o futuro estatuto da fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, a única ligação terrestre entre a futura União Europeia a 27 e a Grã-Bretanha.
Até lá Bruxelas deixa uma mensagem a Londres, “não haverá uma saída ordenada sem que sejam saldadas todas as contas”.